Ontem, quarta-feira (14), os preços do milho terminaram o dia na Bolsa de Chicago com altas de mais de 3% entre os principais contratos, ou registrando altas de 6 a 18 pontos. O dezembro, referência para a safra americana, encerrou a sessão valendo US$ 5,58 por bushel. Na mira do mercado, o clima no Corn Belt.
As condições desfavoráveis para o cinturão produtor americano têm sido o principal combustível para as cotações. As previsões para os próximos dias nos EUA, nas regiões produtoras mais a noroeste do país, indicam chuvas abaixo da média e temperaturas acima, motivando a continuidade das altas.
Como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, apesar da leve melhora de um ponto percentual nas lavouras em boas ou excelentes condições pelo último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), “a safra segue perdendo potencial produtivo e tem o clima pela frente que pode trazer tempo seco e quente e derrubar ainda mais a qualidade nos próximos dias”.
MERCADO BRASILEIRO
Na B3, os futuros do cereal começaram o dia em campo negativo, sentindo a pressão acentuada do dólar, porém voltou a subir e fechou a quarta-feira com boas altas no mercado futuro brasileiro, acompanhando as altas de Chicago. O vencimento setembro/21 subiu 1,45% para terminar o dia com R$ 97,30 e o março/22 1,24% para R$ 98,20.
Além de uma oferta já bastante restrita, o mercado nacional acompanha prejuízos que ainda estão sendo contabilizados nas principais regiões produtoras em função das adversidades climáticas e também o ritmo lento da colheita da segunda safra. Assim, o volume de negócios também é bastante limitado.
“Os preços tendem a permanecer firmes, com vendedores ainda retraídos e consumidores adquirindo apenas o necessário”, explicam os analistas de mercado da agência Safras & Mercado.
Assim, mais uma vez os preços do milho voltaram a subir no interior do Brasil. Os ganhos chegaram a 5,48%, como foi o caso de Campo Novo do Parecis, onde a saca do grão terminou o dia com R$77,00. Nas praças do Sul, as referências seguem entre R$ 86,00 e R$ 92,00 por saca. Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o indicativo subiu 4,76% para R$ 88,00.