Ontem, a quarta-feira (26) chegou ao fim com os preços do milho desvalorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Campo Novo do Parecis/MT.
Já as perdas apareceram em Ponta Grossa/PR, Castro/PR, Palma Sola/SC, Brasília/DF, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Oeste da Bahia.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimento, “o recuo do dólar e o avanço do plantio das lavouras norte-americanas trouxe algum alívio para os preços nos futuros do milho nos últimos dias. No entanto, o mercado doméstico segue atento ao tamanho da produção da safrinha”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “negócios da saca de milho com o indicador de Campinas/SP se aproximando de R$ 100,00/sc apontam que os vendedores estão aceitando preços ligeiramente inferiores no cereal físico”.
Em Goiás, a saca do cereal encerrou a sexta-feira (21) valendo, em média, R$ 86,72 com alta de R$ 0,05 com relação à semana anterior. “As quedas no mercado futuro internacional repercutiram nos preços do milho em Goiás, com registros de quedas nos preços médios do estado. Além disso, o volume de negociações permanece baixo, já que tanto produtores quanto negociadores aguardam o desenvolvimento das lavouras para identificação de qualidade do cereal.”, aponta o Ifag.
Já no Mato Grosso do Sul, o preço da saca do milho se desvalorizou 6,34% entre 17 a 24 de maio de 2021, encerrando o período negociado a R$ 88,63. “O recuo nos preços no mercado interno tem relação direta com a pressão baixista no valor do cereal na Bolsa de Chicago/EUA”, aponta a Famasul.
B3
Os preços futuros do milho tiveram uma quarta-feira de muitos altos e baixos e encerraram o dia subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registram movimentações positivas entre 0,38% e 1,08%.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 91,90 com alta de 0,38%, o setembro/21 valeu R$ 91,42 com ganho de 0,68%, o novembro/21 foi negociado por R$ 93,18 com valorização de 1,08% e o janeiro/22 teve valor de R$ 94,50 com elevação de 0,69%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado mostra pouca pressão de vendas e a B3 começa a se acomodar pouco acima dos R$ 90,00, dando sinais de que os produtores não querem vender.
“Agora começamos a ver uma queda de braço para o mercado interno. Ainda existem fundamentos para cair um pouco mais, mas em função de geadas, secas, ventanias e granizos está todo mundo desconfiado com o que será a safra”, pontua Brandalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) oscilou durante toda a quarta-feira e encerrou o dia subindo para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 4,25 e 6,00 pontos.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,24 com ganho de 4,25 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,47 com valorização de 6,00 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,20 com alta de 5,00 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,27 com elevação de 5,00 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,65% para o julho/21, de 1,11% para o setembro/21, de 0,97% para o dezembro/21 e de 0,96% para o março/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos se recuperaram ligeiramente na quarta-feira de uma forte liquidação no dia anterior, com a compra vantajosa e a compra técnica elevando os preços de baixas de um mês, embora os ganhos tenham sido limitados pelo clima favorável da safra no meio-oeste dos EUA.
O rápido plantio de milho e as chuvas no meio-oeste dos EUA desviaram a atenção das tensões de oferta global e da crescente demanda por grãos para ração da China, que levou os futuros do milho a um pico de oito anos no início deste mês.
“As pessoas estão tentando definir um fundo de curto prazo. Este foi o motivo das compras técnicas de hoje após a liquidação de ontem”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International.
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