Ontem, a segunda-feira (18) chegou ao final com os preços do milho pouco modificado no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Amambaí/MS (2,67% e preço de R$ 73,00).
Já as valorizações apareceram apenas na praça de Cândido Mota/SP (1,33% e preço de R$ 76,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho ficou de lado durante a semana anterior. “O comprador evita se abastecer de matéria-prima em níveis elevados em meados do mês, enquanto o produtor cadencia as vendas com cautela”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que o movimento de alta nas cotações do milho segue firme no Brasil. Segundo pesquisadores, o impulso vem dos baixos estoques internos de milho, da queda na produção da safra de verão e dos preços elevados nos portos. Diante disso, em muitas regiões consultadas pelo Cepea, os valores atingem novos patamares recordes nominais.
“As cotações externas também avançam, influenciadas por estimativas indicando safra e estoques de passagem menores que os previstos anteriormente. Quanto aos negócios no spot nacional, pesquisadores ressaltam que ainda ocorrem apenas quando há maior necessidade. Enquanto vendedores, atentos à queda na produção, estão à espera de novas valorizações, compradores têm expectativa de que o início da colheita possa pressionar as cotações”.
B3
Já os preços futuros do milho fecharam o primeiro dia da semana subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,56% e 1,02% pontos ao final da segunda-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 89,10 com valorização de 1,02%, o maio/21 valeu R$ 85,30 com ganho de 0,90%, o julho/21 foi negociado por R$ 77,90 com elevação de 0,56%, e o setembro/21 teve valor de R$ 75,90 com alta de 0,80%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, esse foi um dia de B3 positiva mesmo com o dólar negativo e sem as referências de Chicago, que ficou fechada em função do feriado americano do dia de Martin Luther King.
“O ambiente do milho é bastante favorável e a B3 está expondo isso. A semana começa com bastante pressão de compra no mercado nacional e a pressão da colheita da safra de verão ainda é pouca”, pontua o analista.
Brandalizze ainda destaca que está primeira safra, ao contrario da soja, foi bastante afetada pelo clima e tem perdas de 5 milhões de toneladas que irão deixar o mercado enxuto neste primeiro semestre.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da segunda semana de janeiro.
Nestes primeiros 10 dias úteis do mês, o Brasil exportou 1.243.199 toneladas de milho não moído. Este volume já é 24,83% de tudo o que foi embarcado durante o mês de dezembro (5.006.035,8 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 124.319,9 toneladas, patamar 45,36% menor do que a média do mês passado (227.547,1 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 29,80% maior do que as 95.781,3 do mês de janeiro de 2020.