A sexta-feira (16) começa com os preços futuros do milho subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,10% e 1,57% por volta das 098h42 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à R$ 103,40 com valorização de 1,57%, o julho/21 valia R$ 98,68 com alta de 1,33%, o setembro/21 era negociado por R$ 94,87 com elevação de 1,48% e o novembro/21 tinha valor de R$ 95,39 com ganho de 1,10%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, é preciso ficar atento porque a B3 já esticou bastante a corda, está esticando novamente e, quando o investir toma um susto ele cai fora.
“O produtor não pode ficar só especulando, ele tem que ganhar sempre, essa é a nossa indicação, não pode perder e sempre tem que ganhar”, pontua.
Brandalizze ressalta que os setores consumidores estão estrangulados, mas isso ainda não indica que o marcado vai cair porque quem segura o milho é o produtor capitalizado e estamos com um mês de atraso na safrinha.
“O dono do milho está mandando no mercado e vai continuar se não trouxer novas ofertas para o mercado nessas próximas semanas. Sempre vai ter alguém que precisa de milho então tem demanda. Hoje já se estima que perdemos 1 milhão de toneladas de potencial”, diz o analista.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também iniciou o último dia da semana altista para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,50 e 2,25 pontos por volta das 09h38 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à US$ 5,92 com valorização de 2,25 pontos, o julho/21 valia US$ 5,78 com ganho de 2,00 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 5,32 com elevação de 1,50 pontos e o dezembro/21 tinha valor de US$ 5,14 com alta de 2,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros de milho foram maiores durante a noite em meio ao clima adverso nas áreas de cultivo dos Estados Unidos.
Quatro por cento do milho dos EUA foram plantados no início desta semana, à frente da média dos últimos cinco anos de 3% para esta época do ano, de acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“Ainda assim, a nevasca no oeste de Nebraska e o clima seco em áreas de Iowa estão causando preocupação, à medida que os agricultores tentam colocar suas sementes no solo”, aponta o analista Tony Dreibus.
Embora a neve sem dúvida limitará o plantio em partes do Cinturão do Milho ocidental, o Commodity Weather Group disse que o clima mais seco permitirá que os produtores acelerem a semeadura em áreas do meio-oeste.