Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambaí/MS, Oeste da Bahia e Cândido Mota/SP.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o ritmo dos negócios no mercado físico em São Paulo esteve lento durante esta semana também. As notícias de grandes e médios compradores buscando alternativas para evitar as pedidas dos vendedores mostra algum sinal entre a relação demanda versus preço no mercado doméstico”.
Para a agência SAFRAS & Mercado, “o mercado brasileiro de milho seguiu com preços galgando novos recordes, mantendo altas graduais em todas as praças nesta última semana”.
Em muitas praças, sobretudo no Sul do Brasil, mas também em São Paulo, o mercado vem buscando e atingindo o patamar histórico de R$ 100,00 a saca de 60 quilos, relata a SAFRAS.
“A oferta restrita no país vai levando a essas contínuas elevações nos preços. O risco climático com escassez de chuvas para a safrinha, ao menos no curto prazo, que está com a colheita encerrada, faz os produtores reduzirem ainda mais a disponibilidade do milho no mercado e os valores sobem. Além disso, o foco segue com as vendas da soja, e o milho é deixado em segundo plano, encurtando a oferta”, diz a agência.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, diz que os problemas de abastecimento do primeiro semestre vão ficando cada semana mais evidentes no mercado brasileiro. Ele diz que, para o mercado se ajustar, há necessidade de importar para conter a pressão nos custos. “O câmbio, as regras de importação e os preços altos também no mercado internacional limitam esta alternativa”, avalia.
B3
Os preços futuros do milho tiveram mais um dia altista para os preços futuros do milho nesta sexta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,35% e 0,98% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 102,80 com valorização de 0,98%, o julho/21 valeu R$ 98,00 com alta de 0,64%, o setembro/21 foi negociado por R$ 93,82 com elevação de 0,35% e o novembro/21 teve valor de R$ 95,09 com ganho de 0,78%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 2,28% para o maio/21, de 2,21% para o julho/21, de 4,27% para o setembro/21 e de 5,07% para o novembro/21 na comparação com a última sexta-feira (09).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, esse ano está deixando o milho em uma situação complicada após ter perdas grandes na primeira safra e agora um grande comprometimento da safrinha do Paraná, do sul do Mato Grosso do Sul e de Goiás.
“Nós plantamos recorde de área com 15 milhões de hectares e, se tivesse um clima adequado, nós colheríamos 90 milhões de toneladas. Então até a semana passada nós já tínhamos perdido 10 milhões de toneladas e eu acredito que, após essa semana já perdemos mais 5 milhões de toneladas. São 15 milhões de toneladas do potencial que tinha e talvez não chegue as 75 milhões de toneladas”, pontua o analista.
Brandalizze destaca ainda que, temos 35 milhões de toneladas para exportar e mais 50 milhões para o mercado interno. “O mercado está bastante apertado e a situação será complicada para os setores de ovos, suínos, frangos e leite”, diz.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) perdeu força e recuou neste último dia da semana para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,00 e 4,50 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,85 com desvalorização de 4,50 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,73 com perda de 3,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,29 com queda de 1,00 ponto e o novembro/21 teve valor de US$ 5,12 com estabilidade.
Esses índices representaram baixa, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,85% para o maio/21, de 0,52% para o julho/21, de 0,19% para o setembro/21 e estabilidade para dezembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 1,39 % para o maio/21, de 1,96% para o julho/21, de 3,73% para o setembro/21 e de 3,23% para o dezembro/21 na comparação com a última sexta-feira (09).
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros da soja nos EUA subiram na sexta-feira, ganhando terreno nos contratos de milho enquanto o mercado tentava atrair os agricultores a aumentar a área plantada com a oleaginosa, apesar da alta do grão amarelo para o seu máximo em quase oito anos no início desta semana.
“Nas últimas duas semanas, toda a conversa tem sido sobre o milho, a secura e o frio. Hoje são apenas as sojas dizendo: ‘Não se esqueça de nós “, disse Mark Gold, sócio-gerente da Top Third Ag Marketing.