Milho volta a subir na B3 com oferta menor do que a demanda

Ontem, a quinta-feira (15) chegou ao fim com os preços do milho subindo no mercado interno brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas nas praças de Amambaí/MS e São Gabriel do Oeste/MS.

Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Luís Eduardo Magalhães/BA, Campinas/SP e Porto Santos/SP.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as referências do milho físico em São Paulo tiveram poucas alterações nos últimos dias. Os compradores têm equilibrado os custos com os negócios das ofertas do milho tributado fora do estado”.

Enquanto isso, a segunda safra brasileira já apresenta reflexos do atraso no plantio e da falta de chuvas neste início de ciclo. Um levantamento realizado pela Geosys Brasil, mostra que 43,5% das lavouras do Mato Grosso foram semeadas fora da janela, sendo que 38,7% foi implantado na segunda quinzena de março.

Já no Paraná, 58,6% do plantio da área do milho safrinha ocorreu na segunda quinzena de março, enquanto que Goiás e Mato Grosso do Sul também atrasaram o plantio do milho safrinha, sendo que 31,1% e 68,4% das lavouras, respectivamente, foram semeadas em março.

Além dos problemas de atraso, que aumentam risco de faltar chuva ao longo do ciclo e de enfrentar geadas no Sul, as lavouras da safrinha também sentem impacto das chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas.

“A germinação e emergência do milho podem atrasar caso a temperatura e a umidade do solo sejam baixas e a previsão é de que ambos os indicadores continuem abaixo da média pelo menos até meados da segunda quinzena de abril. Apenas no Mato Grosso do Sul e Oeste do Paraná, as temperaturas devem ficar acima da média, porém a umidade do solo deve permanecer em baixo patamar”, diz o analista da Geosys, Felippe Reis

B3

Os preços futuros do milho recuperaram o fôlego e voltaram a subir na Bolsa Brasileira (B3) nesta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,59% e 1,43% ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 101,80 com ganho de 1,29%, o julho/21 valeu R$ 97,38 com valorização de 1,43%, o setembro/21 foi negociado por R$ 93,49 com alta de 0,64% e o novembro/21 teve valor de R$ 94,35 com elevação de 0,59%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, é preciso ficar atento porque a B3 já esticou bastante a corda, está esticando novamente e, quando o investir toma um susto ele cai fora.

“O produtor não pode ficar só especulando, ele tem que ganhar sempre, essa é a nossa indicação, não pode perder e sempre tem que ganhar”, pontua.

Brandalizze ressalta que os setores consumidores estão estrangulados, mas isso ainda não indica que o marcado vai cair porque quem segura o milho é o produtor capitalizado e estamos com um mês de atraso na safrinha.

“O dono do milho está mandando no mercado e vai continuar se não trouxer novas ofertas para o mercado nessas próximas semanas. Sempre vai ter alguém que precisa de milho então tem demanda. Hoje já se estima que perdemos 1 milhão de toneladas de potencial”, diz o analista.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) começou o dia em alta, passou a cair e fechou a quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro operando em campo misto. As principais cotações registraram movimentações entre 4,00 pontos negativos e 2,50 pontos positivos.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,90 com desvalorização de 4,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,76 com queda de 2,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,30 com elevação de 2,50 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,12 com alta de 1,00 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,67% para o maio/21 e de 0,52% para o julho/21, além de ganho de 0,38% para o setembro/21 e de 0,20% para o dezembro/21.

Segundo informações do site internacional Barchart, os futuros de milho foram misturados na quinta-feira. Os preços das safras antigas ficaram no vermelho, com perdas limitadas, e os preços da nova safra foram ligeiramente mais altos.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relatou encomendas de exportação de milho safra anterior abaixo das estimativas, pois 380.300 toneladas de milho foram encomendadas durante a semana encerrada em 8/4, enquanto as expectativas do comércio giravam entre 500.000 e 900.000.

A Agência Reuters destaca ainda que, houve uma pressão hedge comercial, após os contratos subirem acima de US$ 6 por bushel, pela primeira vez desde junho de 2013, durante o pregão da madrugada.

“Houve um pouco mais de fazendeiro vendendo quando o milho atingiu US$ 6, o que faz sentido”, disse Jim Gerlach, presidente da corretora americana A / C Trading.

 

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