Ontem, quinta-feira (15), os preços do milho voltam a subir na B3 e seguem refletindo a pouca oferta do grão no mercado brasileiro. O contrato julho terminou o dia com R$ 96,98 e o setembro, R$ 96,36 por saca. No interior do Brasil, os indicativos também registraram valorização em algumas regiões.
O mercado, como explicou o analista de mercado Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, encontra espaço para os ganhos não só na restrição de oferta, mas também na colheita se desenvolvendo de forma lenta, e no pouco milho de qualidade depois dos inúmeros problemas que foram registrados na segunda safra.
O limitador para os preços do milho brasileiro é a paridade de importação, como explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
“O mercado interno vai se mantendo firme porque está difícil para importar, os níveis de liquidação de milho importado variam de R$ 98,00 a R$ 104,00 e os indicativos de venda no Brasil acima de R$ 90,00. Mas poucos negócios acontecem, todos esperando para ver o que vai sair da safrinha”, afirma.
Assim, no interior, praças do Sul do Brasil chegaram a marcar ganhos de até 2,33%, como foi o caso de Rio do Sul, em Santa Catarina, levando a saca do milho a R$ 88,00. Nas praças do Paraná, os preços estão acima dos R$ 90,00.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, o mercado do milho caminha de lado, sem grandes oscilações depois da alta de mais de 3% na sessão anterior. Nesta quinta-feira, os principais vencimentos recuaram entre 2,50 e 4 pontos, com o setembro fechando com US$ 5,64 e o dezembro, US$ 5,56 por bushel.