Uma missão técnica da União Europeia visitou unidades de produção de aves e instalações do sistema de defesa sanitário brasileiro na semana passada.
Os técnicos europeus percorreram os Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para verificar a qualidade dos controles sanitários do Brasil, principalmente em relação à influenza aviária. O país continua livre da doença em granjas comerciais. São 164 focos até agora, sendo 161 em aves silvestres e 3 em animais de criação para subsistência.
A expectativa do governo brasileiro e do setor produtivo de aves com a União Europeia é a retomada plena das exportações para lá. Várias plantas seguem com as vendas suspensas desde 2018, após a Operação Carne Fraca, e há controle redobrado para a entrada da carne nacional no bloco.
Em março, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, chegou a anunciar que um frigorífico da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) havia recebido aval da União Europeia para exportar carne de aves para lá. A solicitação, no entanto, ainda está em andamento.
A missão técnica europeia foi finalizada na sexta-feira (3/5), com uma reunião na Superintendência de Agricultura em São Paulo. Antes, os representantes do velho continente visitaram uma granja de avós em Itirapina e em um incubatório exportador em Rio Claro, ambos no interior paulista.
A comitiva ainda conheceu uma empresa de Boituva habilitada a exportar carne de aves à União Europeia. Os inspetores estiveram também no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas, e na regional da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), em Limeira.
Na quinta (2/5), os auditores conheceram o Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), no Aeroporto de Viracopos.
Esta foi a terceira missão internacional, desde março deste ano, para verificar as condições de controle da gripe aviária no país. A primeira foi a missão do Japão, depois do Reino Unido.
De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário Fabio Paarmann, os técnicos europeus “demonstraram bastante conhecimento sobre o controle sanitário e fizeram considerações técnicas pertinentes, que serão considerados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em momento oportuno”, disse, em nota divulgada pela assessoria da Pasta.