Na tarde do último dia da Conbrasul Ovos, em Gramado, nesta terça-feira (03) foram debatidas as necessidades de avanço no sistema sanitário animal.
Ananda Paula Kowalsky, coordenadora do Programa de Sanidade Avícola do Rio Grande do Sul da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, trouxe o tema “Experiências, atividades e tecnologias para a contenção de enfermidades avícolas”.
Ela está à frente de todo o processo de controle sanitário após a confirmação do caso isolado do vírus de Influenza Aviária em uma granja comercial na cidade gaúcha de Montenegro.
De acordo com ela o setor produtivo, com o apoio da Associação Gaúcha de Avicultura, foi protagonista neste processo de enfrentamento desta crise sanitária. “Não fomos pegos de surpresa, estávamos preparados para o desafio pois temos um grupo especial ao enfrentamento e contingência às enfermidades, com mobilização de pessoal para isolamento sanitário da área. Tivemos um método de saneamento que foi decisivo”, explicou. “Por isso conseguimos dar uma pronta resposta após a confirmação do foco e o trabalho foi feito com muita calma frente ao desafio desse porte”, afirmou.
Fechando o evento, o tema “Desafios para a indústria e produção no mundo: perspectivas sanitárias, ambientais e de mercado. Quais caminhos podemos seguir?” foi analisado pojr Roger Pelissero, Vice-presidente e conselheiro da World Egg Organization e Presidente da Egg Farmes Canadá.
“Representamos produtores avícolas com a máxima eficiência, com o mais alto nível. Acompanhamos a evolução do consumo de ovos em diversos países, assim como no Brasil”, disse. “O setor avícola de postura passa constantemente por desafios sanitários e sempre saiu mais forte. Nunca é tarde para fortalecer o sistema de biossegurança pois esta é a primeira linha de defesa do produtor”, avaliou.
Ele ainda pontuou que o sistema avícola tem um robusto sistema de segurança sanitário. “É o que nos faz enfrentar problemas sanitários com a máxima segurança e eficiência. Estamos trabalhando para acelerar a vacinação contra influenza aviária no mundo. Este é um sistema de proteção que se faz necessário para oferecer maiores garantias ao sistema produtivo. Há alguns anos nem falávamos nessa possibilidade, mas a realidade mudou e a decisão se faz urgente”, afirmou.