Ao divulgar, na semana passada, os resultados de 2022 da Pesquisa da Pecuária Municipal, o IBGE informou que o plantel brasileiro de galináceos em 31 de dezembro do ano passado foi de, aproximadamente, 1,6 bilhões de cabeças, 16% das quais (259,5 milhões de cabeças) representadas por galinhas.
Na metodologia da pesquisa – explica o IBGE – são considerados galináceos todos os animais da espécie Gallus gallus, independentemente de idade ou sexo. E galinhas são as fêmeas dessa mesma espécie, cuja criação tenha sido destinada tanto à produção de ovos de consumo, quanto à produção de ovos de incubação. Assim, “galináceos é um efetivo que contempla galinhas, mas também categorias como frangos de corte, destinados à produção de carne”.
Mesmo assim, os números relativos ao plantel de galináceos são muito relativos. Pois os frangos de corte nele inclusos correspondem a, apenas, um ciclo de criação (5-7 semanas de idade) e, portanto, refletem somente a realidade daquele momento. Não é o caso das galinhas (poedeiras ou reprodutoras) cujo ciclo de vida é superior a um ano.
Independente disso, a relação entre galináceos e galinhas se mostra díspar. Assim, por exemplo, no Sul, maior Região produtora de carne de frango do País, o plantel de galinhas corresponde a apenas 8% dos galináceos, enquanto no Sudeste esse índice chega a 25%.
Da mesma forma, Cascavel (PR) e Itaberaí (GO) surgem como os dois municípios com o maior plantel de galináceos do País, mas porque são grandes criadores de frango. Assim, Santa Maria do Jetibá (ES), colocado na terceira posição, sobe para o primeiro posto quando se trata apenas de galinhas, cuja quantidade corresponde a mais de 80% do plantel de galináceos.