Os números são preliminares e, portanto, devem sofrer alterações com os resultados definitivos. De toda forma, os dados até agora divulgados pelo IBGE acerca da produção brasileira de ovos de galinhas indicam absoluta estabilidade de volume tanto neste ano (janeiro a setembro de 2021), como nos 12 meses encerrados em setembro passado. E isso se aplica não apenas aos ovos de consumo, mas também aos destinados à reprodução (ovos incubáveis).
Essa estabilidade chama a atenção por ser exclusiva de 2020 e 2021, ou seja, do período de pandemia. Assim, feita uma retrospectiva a partir de janeiro de 2001, constata-se que até o final de 2019, aproximadamente, o crescimento da produção foi praticamente contínuo, evoluindo a uma média próxima de meio por cento ao mês (incremento de quase 60% nos 10 anos encerrados em dezembro de 2019). Já nos 21 meses decorridos desde o início de 2020 esse incremento tem ficado próximo de zero (em setembro passado, variação de apenas 0,44% em relação a janeiro de 2020).
Os dois segmentos acompanhados pelo IBGE – consumo e incubação – registram a mesma estabilidade. Assim, comparativamente a idênticos períodos anteriores, a produção de ovos de consumo aumentou apenas 0,21% nos nove primeiros meses de 2021 e não mais que 0,15% nos doze meses encerrados em setembro passado.
Quanto aos ovos de incubação, a única (mas igualmente pequena) diferença é que seus resultados foram negativos. Ou seja: o volume registrado entre janeiro e setembro de 2021 foi 0,91% menor que o dos mesmos nove meses de 2020, enquanto o total dos últimos 12 meses apresenta redução anual de 0,08% (cerca de 590 mil dúzias num universo de mais de 760 milhões de dúzias).
Em decorrência dessa estabilidade, a participação dos dois segmentos na produção total não sofreu maiores alterações em relação a períodos anteriores. Comparativamente aos mesmos nove meses de 2020, a participação dos ovos de consumo na produção total aumentou neste ano 0,21%,passando de 80,83% do total para 81,00%. Com esse aumento, a participação dos ovos de incubação recuou 0,90%, passando de 19,17% do total para 19,00%.