Apenas detalhando o que já havia divulgado preliminarmente em fevereiro passado, o IBGE confirmou, ontem, que em 2021 a produção brasileira de ovos de galinha manteve-se praticamente estável, pois registrou crescimento de apenas 0,22% em relação a 2020. Foram, ao todo, 3,976 bilhões de dúzias, novo recorde do setor.
Porém, apenas um dos dois segmentos produtores de ovos de galinha atuou nesse aumento: o de ovos de consumo. Porque o segmento produtor de ovos férteis apresentou retração no ano.
De toda forma, os dois segmentos tiveram desempenho semestral similar: aumento de produção restrito à primeira metade do ano, visto que ambos reduziram o volume produzido no segundo semestre. Efeito, não há dúvida, dos altos custos de produção.
Notar, em relação aos ovos destinados à incubação, que a partir de junho e durante todo o segundo semestre de 2021 tiveram evolução negativa em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foi o que fez com que, no segundo semestre do ano passado, o número de cabeças de frango abatidas também apresentasse queda em relação ao mesmo semestre de 2020.
Além da produção, o que também se manteve estável foi a participação de um e outro segmento na produção total de ovos de galinha. Os ovos de consumo continuaram respondendo por pouco mais de 80% do volume total, com ganho de 0,39% no ano, enquanto os ovos de reprodução, com pouco mais de 19% do total, viram sua participação reduzida em 1,63%.
A registrar que do presente levantamento do IBGE participam apenas granjas com 10 mil ou mais poedeiras. Portanto, seus resultados não correspondem à produção total brasileira. Em 2021 participaram do levantamento 1.963 informantes e apenas o Amapá não apresentou estabelecimentos elegíveis aos parâmetros fixados.