Os governos de Peru e Equador declararam uma emergência de saúde animal na quarta-feira devido a um surto de gripe aviária, depois que uma onda de casos levou ao abate de dezenas de milhões de aves na Europa e nos Estados Unidos.
O Peru relatou seu primeiro surto grave do vírus altamente patogênico tipo A H5 no início de novembro, logo após o México anunciar que começaria a vacinar aves em áreas de alto risco.
Doris Rodríguez, autoridade do serviço de vida selvagem e florestal do Peru, disse à rádio RPP que cerca de 13.800 aves morreram de gripe aviária, principalmente no norte e no centro do país.
No Equador, o surto de gripe aviária foi detectado pela primeira vez no fim de semana em uma granja na província andina de Cotopaxi, ao sul da capital do país, Quito, desencadeando iniciativas de quarentena em áreas potencialmente infectadas.
Cerca de 180 mil aves na área devem ser abatidas para impedir a propagação do vírus, disse o Ministério da Agricultura do Equador em comunicado.
O governo disse que a gripe aviária não oferece risco à saúde da população, e garantiu a segurança do consumo de ovos e carne de frango.
“Durante os próximos 90 dias não será possível movimentar aves, produtos e subprodutos de origem aviária como ovos, frangos, galinhas, entre outros, das fazendas afetadas pelo surto”, acrescentou o ministério.
As autoridades locais disseram que o contágio detectado representa apenas 0,15% da população avícola do país, que conta com cerca de 263 milhões de frangos e 16 milhões de aves poedeiras.
O setor avícola equatoriano possui 1.810 fazendas e gera 1,8 bilhão de dólares, cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola.