O preço da soja aumentou e estimulou as vendas de grandes volumes por parte dos produtores brasileiros. Em Mato Grosso, a comercialização chegou a 55,91% da safra 2023/24 até o fim do mês de março, de acordo com o levantamento do Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea). O sojicultor mato-grossense também já começou a comprometer soja da safra 2024/25, que será plantada só no segundo semestre.
“Essa maior comercialização é pautada pela melhora nos preços futuros em março de 2024 e a necessidade dos produtores em começar a travar os custos para a próxima temporada”, diz o Imea, em boletim.
Os preços médios para a safra atual foram de R$ 106,56 a saca de 60 quilos, segundo o Instituto. Os da próxima temporada, de R$ 100,71, em média. Nos dois casos, os valores ficaram acima dos verificados no mês anterior.
Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com base na semana de 1º a 5 de abril, mostra valorização da soja na maior parte dos Estados brasileiros. A maior cotação média foi vista em Minas Gerais, de R$ 116,10 a saca, 0,87% a mais que na semana anterior.
Em Mato Grosso, a soja valia R$ 107,13 (+0,65%); no Maranhão, R$ 110,18 (+1,5%); no Paraná, R$ 109,12 (+1,01%); em Goiás, R$ 110,04 (+0,53%); e no Rio Grande do Sul, R$ 116,53 (+2,23%).
Já em Tocantins, o valor médio da saca de soja caiu 0,14% na semana passada, com a saca valendo R$ 127,74. Em Rondônia, soja cotada a R$ 94,50 (-9,79%); no Pará, a R$ 111 (-0,89%) e, no Piauí, a R$ 108 (-0,92%).
Na terça-feira (8/4) o mercado interno de soja teve queda de preços. De acordo com a consultoria Agrifatto, o movimento se explica, em parte, pela conjuntura internacional, e em parte, pela comercialização no Brasil.
“A queda da moeda norte-americana somada à desvalorização na CBOT, junto com o ímpeto vendedor do produtor brasileiro nos últimos dias trouxe queda para os preços da soja no mercado doméstico”, destaca a consultoria Agrifatto, em boletim.
