Ontem, a quarta-feira (03) chegou ao final com os preços do milho recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.
Já as desvalorizações apareceram em Campinas/SP (1,16% e preço de R$ 85,00), Itapetininga/SP (1,20% e preço de R$ 82,00), Palma Sola/SC (1,28% e preço de R$ 77,00), Maracaju/MS (2,74% e preço de R$ 71,00) e Campo Grande/MS (4,11% e preço de R$ 70,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o recuo do dólar e a queda de preços do cereal na bolsa de Chicago também pesaram nos futuros da B3 e nas intenções de negócios em meados desta semana. A colheita da safra verão está em estágio inicial de maneira geral”.
Enquanto isso, a saca do cereal encerrou a sexta-feira (29) valendo, em média, R$ 73,50 no estado de Goiás, com elevação de R$ 1,59 com relação à semana anterior. “Ainda não há milho disponível em grande quantidade no estado, algo que só deve ocorrer no segundo semestre de 2021. A liquidez continua baixa com produtores focados na colheita da safra e não no milho ainda armazenado.”, diz o Ifag.
Já no Mato Grosso do Sul, o preço da saca do milho ficou estável entre 25 de janeiro e 01 de fevereiro, encerrando o período negociado a R$ 72,63. “O preço médio do mês de janeiro foi R$ 72,04, no comparativo com janeiro do ano passado, houve avanço nominal de 72,22%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 41,83/sc”, relata a Famasul.
B3
Os preços futuros do milho finalizaram a quarta-feira operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações entre 0,28% negativo e 1,67% positivo ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 86,72 com baixa de 0,28%, o maio/21 valeu R$ 84,81 com alta de 0,37%, o julho/21 foi negociado por R$ 78,00 com elevação de 0,58% e o setembro/21 teve valor de R$ 76,15 com valorização de 1,67%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as commodities passam por um período técnico de acomodações e leves quedas, mas sem muito espaço para correr para baixo disso.
“A B3 segue a linha das exportações, que reflete o que acontece em Chicago, e da falta de interesse dos consumidores internos, já que estamos em um ponto que o setor de ração já não pode pagar mais pelo milho. Precisamos olhar isso com carinho, porque não podemos desestruturar esse setor brasileiro”, pontua Brandalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou força ao longo do dia e se recuperou para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 5,25 e 9,00 pontos ao final da quarta-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,52 com valorização de 9,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,49 com elevação de 6,75 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,37 com alta de 5,75 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,77 com ganho de 5,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,66% para o março/21, de 1,29% para o maio/21, de 1,13% para o julho/21 e de 1,27% para o setembro/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os mercados liquidaram posições nesta quarta-feira, mas já começaram a se posicionar antes do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de amanhã.
“Temos passado por uma fase de liquidação de especificação longa, mas agora é hora de comprar antes do relatório de vendas de exportação amanhã que deve ser otimista e do relatório WASDE de terça-feira que tende a ser de neutro para alto”, acredita Jack Scoville, analista de mercado do PRICE Futures Group.