A pré-colheita do milho nos EUA já exerce pressão sobre os preços da commodity. A atenção na semana foi dada ao Crop Tour do grupo Pro Farmer, que apontou uma produção de 384 milhões de toneladas para o milho, contra 374,6 milhões de toneladas pelo USDA.
Acompanhe os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado:
Momento de pré-colheita nos Estados Unidos exerce o seu poder de pressão sobre as cotações;
Viés de retirada de estímulos econômicos e alta de juros nos EUA para 2022 inicia movimento de reposicionamento de ativos no mercado financeiro;
Atenção na semana foi dada ao Crop Tour do grupo Pro Farmer, que apontou uma produção de 384 milhões de toneladas para o milho, contra 374,6 milhões de toneladas pelo USDA;
O USDA não tem que seguir os números do Pro Farmer, mas o dado privado;
Indica que talvez a safra não tenha todo o corte previsto;
O USDA tem até janeiro para fechar o número da safra 2021;
Agora, o mercado depende fortemente do fluxo de demanda e de exportações a partir de setembro, em particular, da retomada das compras pelo China;
Baixa nos preços na China poderá ser um fator adicional;
O mercado brasileiro apresentou ainda preços muito firmes e altos;
Continuam sendo preços muito bons para fixação para o produtor em todas as regiões do país;
A pressão de baixa na CBOT pode ajudar a derrubar os custos de importação e viabilizar alguma baixa no mercado interno em setembro e outubro;
As importações para a região Sul seguem ocorrendo. Não são expressivas, mas ajudam a atender a demanda regional;
O governo irá retirar o PIS/Cofins das importações de milho. Na prática, isto não muda o custo final do milho importado, mas permite que todo o mercado tenha acesso igualitário ao produto importado;
Alguma acomodação de preços internos ocorrerá com o avanço da safrinha, EUA e CBOT;
Enquanto isso, as exportações estão avançando e já temos perto de 8,6 milhões de toneladas comprometidas com embarques até agosto;
Um excesso de acomodação interna e exportação acima do possível pode voltar a alavancar preços a partir de novembro.