Ontem, a quinta-feira (31) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). Mesmo com elevações registradas nos últimos dias, os contratos acabaram acumulando desvalorizações de até 3,7% ao longo de julho.
Mais uma vez, o que impulsionou as posições do cereal na CBOT foi a forte demanda pelo milho dos Estados Unidos, inclusive superando as projeções do mercado.
Nesta quinta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo boletim semanal de vendas de exportação, apontando que o país vendeu 1,891 milhão de toneladas de milho 2025/26, o que é acima dos indicativos do mercado que variavam entre 600 mil e 1,6 milhão. A maior parte correspondeu a “destinos não revelados”.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,94 com valorização de 2,25 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,13 com alta de 1,50 ponto, o março/26 foi negociado por US$ 4,30 com ganho de 1 ponto e o maio/26 teve valor de US$ 4,40 com elevação de 1 ponto.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (30), de 0,57% para o setembro/25, de 0,36% para o dezembro/25, de 0,23% para o março/26 e de 0,23% para o maio/26.
Já no acumulado mensal, os preços do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 1,84% para o julho/25, de 3,73% para o setembro/25, de 2,76% para o dezembro/25, de 2,38% para o março/26 e de 1,34% para o maio/26, com relação ao fechamento do dia 30 de junho.

Mercado brasileiro
Já os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3), finalizaram as atividades desta quinta-feira. De acordo com as informações da Agrinvest, as cotações do milho recuaram nesta quinta-feira na B3, mas seguem firmes no mercado físico “diante da oferta limitada do cereal disponível e com o produtor optando pelas vendas da soja”.
A análise da SAFRAS & Mercado também apontou um mercado brasileiro de milho de negociações travadas neste último dia de julho.
“Os investidores avaliam as tarifas estadunidenses ao Brasil e o avanço da colheita da safrinha, trazendo cautela para os negócios”, destacam os analistas.
Segundo a SAFRAS, os produtores adotam uma postura mais retraída na fixação de oferta. Também estão no radar dos agentes do mercado o movimento dos futuros do milho, a paridade de exportação e as questões relacionadas à logística.
“O mercado brasileiro de milho seguiu travado, com atenções voltadas para o noticiário político e relacionadas às tarifas, fator que trouxe maior volatilidade para o dólar. Em algumas localidades, como no Paraná, os consumidores estão um pouco mais participativos no mercado, mas de modo geral seguem tranquilos”, relata a consultoria.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 66,74 com queda de 0,14%, o novembro/25 valeu R$ 69,10 com desvalorização de 0,66%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,70 com baixa de 0,42% e o março/26 teve valor de R$ 75,19 com perda de 0,41%.
No acumulado mensal, os vencimentos do cereal brasileiro registraram elevações de 7,7% para o setembro/25, de 4,16% para o novembro/25, de 1,81% para o janeiro/26 e de 0,70% para o março/26, além de perda de 1,07% para o julho/25.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado identificou valorização apenas em Castro/PR e Sorriso/MT.