As únicas valorizações apareceram em Ponta Grossa/PR e Londrina/PR, enquanto as únicas desvalorizações estiveram presentes em Itapetininga/SP e Campinas/SP.
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “notícias sobre a importação de milho argentino esfriam os negócios no interior do Brasil, mas a saca do cereal em Campinas/SP está firme nos R$ 100,00”.
O reporte diário da Radar Investimentos ainda aponta que, “negócios do milho ficaram travados no mercado físico em meados desta semana no Brasil Central. No entanto, o tom do FED (Banco Central dos EUA) mantém pressionado a relação dólar x real, principalmente se os juros no Brasil na próxima semana subirem. Vale a pena ficar atento às indicações de preços nos portos”.
B3
A quinta-feira foi de recuos para os preços futuros do milho, que voltaram a se aproximar dos R$ 100,00 para os primeiros contratos na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 100,10 com desvalorização de 1,47%, o novembro/21 valeu R$ 100,40 com perda de 1,47%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 101,38 com baixa de 1,00% e o março/22 teve valor de R$ 101,37 com queda de 0,80%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pressão de vendas segue aumentando para os produtores, que começam a aparecer mais para vender milho da safrinha enquanto os trabalhos de colheita avançam.
Brandalizze aponta que 50% das lavouras do Brasil já foram colhidas com o Mato Grosso chegando aos 80% e São Paulo e Paraná começando a ganhar ritmo, mostrando potencial maior do que se esperava nessas primeiras lavouras. Mas destaca que, aquelas que foram afetadas pela seca e geada entram em colheita após 10 de agosto e é preciso aguardar para verificar as produtividades.
Enquanto isso, os negócios estão fluindo de forma pontual, com compradores do Sudeste e Sul pagando no CIF indústria cerca de R$ 100,00 a saca, e poucos negócios confirmados com o milho nesse momento.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro estenderam os ganhos nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,58 com valorização de 8,75 pontos, o novembro/21 valeu US$ 5,56 com elevação de 7,50 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,64 com ganho de 7,50 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,68 com alta de 8,00 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 1,64% para o setembro/21, de 1,28% para o novembro/21, de 1,44% para o março/22 e de 1,43% para o maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos de milho seguem avançando cada vez mais, apoiados por mercados de trigo mais fortes, mesmo com chuvas em partes do meio-oeste dos Estados Unidos limitando os ganhos.
“O mercado de Chicago também está avançando, se apegando ao clima, com posições 5,5 dólares em diante para praticamente todas as posições de curto, médio e longo prazo, somente os muito longos estão abaixo”, diz Brandalizze.
O analista ainda relaciona que, esses valores representam R$ 80,00 nos portos brasileiros e impede o mercado de girar, mantendo o ritmo lento de exportações. “O milho segue com alta no mercado internacional, mas, mesmo assim, as cotações externas não são atrativas para a exportação brasileiras”.