Chicago também teve cenário positivo e fechou com altas.
Ontem, a quinta-feira (20) chegou ao final com os preços futuros do milho registrando fortes altas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 73,16 e R$ 82,80, após subirem até 2,48%.
De acordo com a análise da Agrinvest, o contrato março/25 subindo 2% e passando a casa dos R$ 80,00, atinge seu maior nível desde o primeiro semestre de 2023.
Os analistas da consultoria destacam a união de fatores altistas como os estoques apertados, a falta de caminhões para fretes e o aumento do programa de exportação, que em 2025 já está com 4,7 milhões de toneladas, 500 mil a mais do que o mesmo período de 2024.
Olhando para o mercado interno, a SAFRAS & Mercado destaca uma quinta-feira de negociações lentas e preços altos. “As cotações seguem subindo, diante de um cenário em que os produtores estão retraídos nos negócios e os consumidores ativos na procura pelo cereal”.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue sustentado com dificuldades regionais para a obtenção de ofertas por parte dos compradores. Assim, altas foram observadas nos preços em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 82,80 com valorização de 2,48%, o maio/25 valeu R$ 78,62 com alta de 2,24%, o julho/25 foi negociado por R$ 73,45 com ganho de 1,45%, o setembro/25 foi negociado por R$ 73,16 com elevação de 1,82%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Sorriso/MT, enquanto encontrou valorizações em Ubiratã/PR, Castro/PR, Pato Branco/PR, Dourados/MS, Machado/MG, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram um pregão de quinta-feira positivo para as movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT), mesmo que as valorizações tenham sido limitadas pelas quedas nos preços do trigo.
Para os analistas da Agrinvest, os fundamentos do mercado de milho seguem muito positivos para o grão, envolvendo perdas na produção da Argentina, atraso no plantio do Brasil e milho dos Estados Unidos muito competitivo nas exportações.
“Além disso, os estoques globais apertados e a expectativa de revisão das exportações americanas pela USDA, sustentam os preços”, acrescenta a consultoria.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,98 com alta de 0,50 pontos, o maio/25 valia UUS$ 5,12 com ganho de 0,50 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 5,16 com elevação de 1,50 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,82 com valorização de 3,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quarta-feira (19), de 0,10% para o março/25, de 0,10% para o maio/25, de 0,29% para o julho/25 e de 0,73% para o setembro/25.