Ontem, a terça-feira (19) chegou ao fim com os preços do milho sem muitas movimentações no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Panambi/RS (1,31% e preço de R$ 79,02).
Já as desvalorizações apareceram apenas na praça do Oeste da Bahia (0,75% e preço de R$ 66,00).
De acordo com o reporte diário da radar investimentos, “no mercado físico paulista, as cotações seguiram firme com alguns negócios pontuais para suprir necessidades urgentes”.
No Paraná, conforme aponta o último boletim divulgado pelo Deral, 1% das lavouras da safrinha já foi plantado com 61% das áreas em germinação e 39% em descanso vegetativo, todas elas estão em boas condições. Já a safra verão tem 24% da áreas em maturação e 79% avaliadas como boas.
Já o Rio Grande do Sul, colheu 15% das lavouras de milho até o final da última semana e os resultados dessas colheitas estão refletindo os problemas causados pela estiagem que atingiu o estado em novembro e dezembro.
Segundo o diretor técnico da Emater-RS, Alecar Rugeri, as perdas estão aparecendo, mas ainda não foram mensuradas em sua totalidade. Das próximas lavouras a serem colhidas, uma parte também apresentaram grandes problemas e outra foi replantada ao longo do ciclo na busca dos produtores por recuperarem o potencial produtivo e aumentaram o prejuízo financeiro.
B3
Os preços futuros do milho tiveram um dia de movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram flutuações entre 0,12% negativos e 0,50% positivos ao final da terça-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 88,99 com perda de 0,12%, o maio/21 valeu R$ 85,45 com alta de 0,18%, o julho/21 foi negociado por R$ 78,29 com valorização de 0,50% e o setembro/21 teve valor de R$ 76,01 com ganho de 0,14%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a segunda safra de milho segue sendo uma incógnita, o produtor está otimista para plantar e provavelmente virá com mais de 14 milhões de hectares, mas iremos depender do clima.
“A primeira safra teve grandes perdas de mais de 5 milhões de toneladas, por isso vemos a B3 com as primeiras posições entre R$ 85,00 e R$,89,00, até porque acima disso inviabiliza o setor de ração. A demanda segue firme e o milho não mostra muito espaço para despencar na B3, vai ficar mais de olho no dólar”, diz Brandalizze.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho está um pouco mais movimentado nos negócios com o quadro de oferta ajustado, que tende a seguir atuando como um fator altista aos preços do cereal.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro contabilizaram recuos na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 5,50 e 7,75 pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,26 com baixa de 5,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,28 com perda de 6,50 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,25 com queda de 7,00 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,77 com desvalorização de 7,75 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,94% para o março/21, de 1,12% para o maio/21, de 1,32% para o julho/21 e de 1,65% para o setembro/21.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram hoje, com os traders ignorando duas grandes vendas rápidas anunciadas esta manhã e participando de algumas vendas técnicas estimuladas pelo clima favorável na América do Sul.
Exportadores privados anunciaram duas novas grandes vendas de milho ao USDA hoje. O primeiro é de 5,0 milhões de bushels para o Japão , e o segundo é de 3,9 milhões de bushels para Israel. Ambas as vendas devem ser entregues durante a campanha de comercialização de 2020/21, que começou em 1º de setembro.