Ontem, a quarta-feira (31) chegou ao final com os preços do milho pouco modificados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (1,35% e preço de R$ 73,00).
Já as valorizações apareceram somente nas praças de Cascavel/PR (0,60% e preço de R$ 84,00), Ponta Grossa/PR (1,16% e preço de R$ 87,00) e Cândido Mota/SP (1,19% e preço de R$ 85,00).
De acordo com analise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho apresentou preços firmes. “Onde a colheita flui melhor há uma certa acomodação nas cotações. Mas onde os trabalhos estão mais discretos as cotações seguem bem sustentadas”, diz o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.
Em Goiás, por exemplo, a saca do cereal goiano vale, em média, R$ 78,38 com alta de R$ 0,44 com relação à semana anterior. “Com o plantio praticamente concluído, o mercado segue firme. A expectativa é que até a colheita da safrinha não teremos oferta segura para aliviar o mercado, assim granjas e indústrias terão que comprar o cereal a preços elevados. Neste cenário, o mercado continua com baixa liquidez e com negócios apenas pontuais”, relata o Ifag.
No Mato Grosso do Sul, o preço da saca do milho se valorizou 1,29% entre 23 a 29 de março de 2020, com o cereal encerrando o período negociado a R$ 78,63. “As cotações do milho no mercado interno seguem pressionadas diante das preocupações com o atraso da semeadura no país”, aponta a Famasul.
B3
Os preços futuros do milho ganharam força ao longo desta quarta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre xxx% e xxx% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 96,55 com ganho de 2,82%, o julho/21 valeu R$ 92,10 com valorização de 3,48%, o setembro/21 foi negociado por R$ 86,08 com elevação de 2,60% e o novembro/21 teve valor de R$ 86,61 com alta de 2,26%.
Ao longo do mês de março, os valores acumularam ganhos de 9,05% para o maio/21, de 10,56% para o julho/21 e de 7,60% para o setembro/21 na comparação entre o fechamento do dia 26 de fevereiro e do dia 31 de março.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os contratos futuros do milho brasileiro subiram sustentados pelas movimentações altistas que aconteceram nas cotações internacionais após o reporte de hoje do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) atingiu seu limite de alta para os preços internacionais do milho futuro nesta quarta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas de 25 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,64 com valorização de 25 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,47 com alta de 25 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,96 com elevação de 25 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,77 com ganho de 25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 4,64% para o maio/21, de 4,79% para o julho/21, de 5,31% para o setembro/21 e de 5,53% para o dezembro/21.
Na comparação mensal, os futuros do cereal acumularam altas de 3,11% para o maio/21, de 2,24% para o julho/21 e de 1,43% para o setembro/21, nas movimentações entre o fechamento do dia 26 de fevereiro e do dia 31 de março.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho de Chicago subiram em seus limites diários de comércio na quarta-feira, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou intenções de plantio menores do que o esperado.
A área estimada com milho foi de 36,87 milhões de hectares, um aumento de menos de 1% se comparada à safra anterior. O mercado esperava algo entre 37,23 e 38,24 milhões de hectares, com média de 37,72 milhões.
Também divulgado nesta quarta-feira, o relatório trimestral de estoques de grãos do USDA teve menos impacto sobre os mercados, já que as estimativas estavam próximas das expectativas, aponta a publicação.
Os estoques de milho ficaram com 195,59 milhões de toneladas, com as estimativas tendo trabalhado em um intervalo de 192,36 a 202,7 milhões de toneladas. A média das projeções era de 197,29 milhões.
“Com esses poucos hectares e com o quão apertados os estoques estão, isso apenas indica que se tivermos qualquer tipo de seca de verão neste ano estaremos com sérios problemas neste mercado de grãos”, disse Mark Gold, sócio-gerente da Top Terceiro Ag Marketing.