A CHR Hansen realizou na última semana o Probiotic Day. De acordo com Alberto Inoue, Gerente Sênior de Saúde Animal e Nutrição da CHR Hansen – Brasil, a empresa ficou muito satisfeita com o Webinar sobre bem-estar e o uso de probióticos pelo interesse do público e ótimos feedbacks recebidos. “Tivemos mais de 170 inscritos, entre produtores, consultores, técnicos e estudantes. Creio que o tema bem-estar é relativamente novo como rotina dos técnicos, mas os dados apresentados comprovando que as aves com melhor bem-estar apresentavam também melhores índices produtivos foi muito interessante. Da mesma forma, o conhecimento sobre o impacto da saude intestinal para uma melhoria de parâmetros de bem-estar e a produção de serotonina chamou atenção de vários convidados. No passado acreditava-se que os probióticos eram todos iguais e hoje sabemos que existem grandes diferenças que foram demonstradas mais uma vez, através de resultados de bem-estar comparando probióticos”, disse.
Segundo Rogério Frozza, Gerente Técnico Nacional da CHR Hansen – Brasil, o objetivo do evento, realizado totalmente em formato virtual, foi apresentar de forma bastante prática algumas linhas de pesquisa da CHR Hansen a respeito do bem estar das aves e relacionar o uso de GalliPro® MS com o bem estar das aves e os benefícios no incremento de produtividade. “Os dados apresentados foram resultantes de ensaios realizados no Brasil sob a tutela da Prof. Ibiara Almeida Paz (DPAMVP – FMVZ – UNESP). E claramente os números mostraram a relação direta entre bem estar, saúde intestinal e produtividade”, apontou.
“Rogério Frozza, Gerente Técnico Nacional da CHR Hansen – Brasil: “O objetivo do evento foi apresentar de forma bastante prática algumas linhas de pesquisa da CHR Hansen a respeito do bem estar das aves e relacionar o uso de GalliPro® MS com o bem estar das aves e os benefícios no incremento de produtividade”.
O Probiotic Day contou com a participação de técnicos, produtores, veterinários, nutricionistas, estudantes e demais profissionais de avicultura. “Em resumo a mensagem foi que intestino íntegro, produz mais serotonina (neurotransmissor da felicidade), melhora a sensação de bem estar nas aves, aliviando o estresse, consequentemente, melhores resultados. Também vale reforçar que nem todos os probióticos a base de bacilos são iguais, haja vista os níveis de serotonina produzidos pelo grupo de aves que foi suplementada com de GalliPro® MS em comparação aos demais grupos”, apontou Frozza.
Segundo a Profa. Ibiara Almeida Paz, o entendimento de que a produção animal é uma inter-relação entre ambiente, homem e animal permite a obtenção de melhores resultados. “Hoje sabemos que a saúde geral do animal interfere imensamente na sua qualidade de vida e qualidade do produto final”, explicou.
Prof. Ibiara Almeida Paz (DPAMVP – FMVZ – UNESP): “Em estudos referentes ao tema encontram-se informações sobre desempenho animal, comportamento e bem-estar, com destaque para aves de produção, demonstrando melhor conversão alimentar e consequentemente melhor índice produtivo, principalmente devido à melhor integridade intestinal, o que resulta em melhor absorção e aproveitamento dos nutrientes, excretas menos úmidas e melhor qualidade de cama.”
De acordo com ela, atualmente os animais são aceitos como seres sencientes, que sentem dor e emoção. “Com base na ideia de que os animais tenham uma vida que vale a pena ser vivida, a produção animal, no geral, está cada vez mais questionada pela sociedade. Assim, há uma crescente pressão mundial por práticas mais sustentáveis nos sistemas produtivos, entre elas encontra-se o a saúde única e o bem-estar animal”, disse.
Ibiara explica que para adequarem-se a este novo cenário, os produtores precisam mostrar que seus animais são criados conforme os princípios de bem-estar, tornando os sistemas de criação mais eficientes e produtivos, reduzindo o uso de medicamentos e o impacto ambiental. “Neste contexto, o bem-estar animal pode ser visto como meio para que o sistema de produção seja eticamente aceitável, uma vez que os consumidores desejam consumir proteína de origem animal com qualidade diferenciada, proveniente de mantidos em sistemas que promovam o seu bem-estar, e que sejam ambientalmente corretos”, afirmou. “Há ainda, uma preocupação crescente quanto à utilização de antibióticos como promotores de crescimento nas dietas de frangos.
Para tornar a produção viável após a retirada destes produtos, o setor avícola busca desenvolver alternativas que auxiliem na melhora do desempenho animal, mas que sejam inócuos para o animal e para o homem e que atendam às exigências dos protocolos de bem-estar animal, associado à produtividade. Esta forma, os aditivos nutricionais ganham cada vez mais mercado, dentre eles destacam-se os probióticos”, afirmou.
Em estudos referentes ao tema encontram-se informações sobre desempenho animal, comportamento e bem-estar, com destaque para aves de produção, demonstrando melhor conversão alimentar e consequentemente melhor índice produtivo, principalmente devido à melhor integridade intestinal, o que resulta em melhor absorção e aproveitamento dos nutrientes, excretas menos úmidas e melhor qualidade de cama, explicou ainda Ibiara. “A suplementação de probióticos pode resultar em benefícios ao animal, como a prevenção de doenças a redução de estresse e comportamentos de ansiedade, estes efeitos são observados com maior intensidade quando se utiliza cepas de probióticos capazes estimular a produção de alguns neurotransmissores. A serotonina é um dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de felicidade, e cerca de 95% dele é produzido nos intestinos. Assim, quanto melhor é a integridade da mucosa intestinal, maiores são os teores de serotonina produzidos, auxiliando na diminuição do estresse”, disse.
Ibiara conta que problemas relacionados aos altos níveis de estresse resultam em distúrbios metabólicos e comportamentais, reduzindo a qualidade de vida do animal e a qualidade do produto final. Em frangos de corte há aumento na incidência de miopatias, para galinhas poedeiras existe mais incidência de ovos trincados, ovos sujos e arranque de penas. “A utilização de alguns probióticos nas dietas das aves reduz a amônia e odor nas excretas, o que garante a diminuição de problemas podais. Em estudos recentes, realizados com um produto a base de cepas de Bacillus subtilis houve melhor qualidade microbiológica da cama, ao final de quatro semanas de utilização”, disse. “Assim, após anos de utilização desses compostos como promotores de crescimento na alimentação das aves, algumas indagações surgiram e os pesquisadores têm êxito na busca por elementos que os substituam”, afirmou.
Ela destaca ainda que o conhecimento dos benefícios que os probióticos propiciam aos animais nas performances produtivas já é um conceito bem estabelecido e, recentemente, pesquisas têm demonstrado dados concretos relacionados aos efeitos que esses aditivos trazem sobre o bem-estar das aves, características comportamentais, qualidade óssea e saúde intestinal. “Hoje sabe-se que animais que receberam probióticos à base de bacillus apresentam melhores condições de bem-estar geral, melhor integridade de mucosa intestinal, melhor absorção da dieta e, consequentemente, as aves são mais produtivas, menos reativas e mais resilientes aos desafios da criação”, disse.