A última semana se encerrou com mais um dia de baixas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Com a desvalorização deste pregão, o contrato referência fechou abaixo de US$ 15,00, com queda registrada entre 14 e 21 pontos. Maio encerrou a semana valendo US$ 14,83, enquanto julho encerrou negociado por US$ 19,50.
A sinalização pelo Federal Reserve de nova altas da taxa de juros nos EUA ajudaram a derrubar as commodities de uma forma geral nesta semana, com perdas que passaram de 2% – tanto no brent, quanto no WTI – ou de 4% no algão negociado na Bolsa de Nova York. No café, baixas na casa de 3%.
“Uma semana complicada e como estamos em uma semana importante de muita venda, com o produtor brasileiro fazendo caixa de soja para pagar dívidas, tivemos também forte queda nos prêmios, chegaram ir a 230 negativo no pico da semana, um dos mais baixos em mais de 20 anos Isso acaba afetando as cotações no interior”, destaca Vlamir Brandanlizze.
O analista destacou ainda que apesar da alta do dólar na semana, ainda assim os preços no Brasil não conseguiram se sustentar devido aos fatores externos e pressão dos prêmios.
“Perdeu os US$ 15 lá em Chicago, é um quadro de pressão, desfavorável para a soja em pleno momento que o produtor precisa fazer caixa para pagar dívida em abril e dívida em maio”, complementa.
Além disso, ressaltou que o mercado também segue monitorando o avanço do plantio nos Estados Unidos, que está fluindo bem de acordo com os relatos internacionais.