Os desafios nas granjas nem sempre são totalmente conhecidos pelos avicultores. Para a melhor proteção das aves, o conhecimento é a primeira etapa da prevenção e garantia do status sanitário. Como exemplo, a Encefalomielite Aviária (EA), doença causada por um Enterovírus pertencente a família Picornaviridae, que na maioria dos casos se manifesta de duas formas: em aves jovens causa doença clínica e em aves adultas provoca queda de postura.
Os principais sintomas em aves jovens são os tremores (Tremor Epidêmico, nome recebido no passado). A doença também provoca morte de embriões e de pintinhos com dois ou três dias de vida. Os sinais clínicos visíveis da EA envolvem sonolência, fraqueza, falta de coordenação motora progressiva, paralisia e tremores intermitentes, principalmente na cabeça e pescoço. Não há tratamento para a doença e algumas aves podem ficar com sequelas como paralisia, encurvamento de perna e falange e alteração nos olhos, como cegueira, olhos turvos e azulados.
Já em aves em produção, a doença leva à queda de postura, que pode durar de 3 a 4 semanas. Essa é a fase de maior atenção e que em grande parte dos casos não é sequer investigada. Dessa forma, o diagnóstico acaba sendo tardio e com maiores chances de prejuízos.
Autor:
Gabriel Silva Braga é médico-veterinário da Auster Nutrição Animal
O artigo na íntegra está disponível na edição 170 da Revista do OvoSite, a partir da página 30.