A segunda-feira (08) chegou ao fim com os preços do milho elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (0,70% e preço de R$ 71,00).
Já as valorizações apareçam nas praças de Londrina/PR (0,66% e preço de R$ 76,50), Castro/PR (1,22% e preço de R$ 83,00), Palma Sola/SC (1,28% e preço de R$ 79,00), Rio do Sul/SC (1,30% e preço de R$ 78,00), Cascavel/PR (1,32% e preço de R$ 77,00), São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,33% e preço de R$ 76,00), Tangará da Serra/MT (1,45% e preço de R$ 70,00), Campo Novo do Parecis/MT (1,49% e preço de R$ 68,00), Campinas/SP (3,26% e preço de R$ 95,00) e Porto Santos/SP (3,90% e preço de R$ 80,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as preocupações com o dólar e o plantio fora da janela ideal em alguns estados deram o tom de alta para as cotações do mercado físico em São Paulo. Apesar disto, o volume de negócios é relativamente pequeno”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho continuam em alta no mercado brasileiro. “O impulso vem da combinação da posição firme dos vendedores – diante das preocupações com o atraso da semeadura da segunda safra frente à temporada anterior – com as constantes elevações dos fretes, visto que há escassez de caminhões para o escoamento da safra verão e entregas do cereal”.
Os analistas do Cepea relatam ainda que, apesar da elevação dos preços, as negociações continuam em ritmo lento. “As maiores dificuldades de abastecimento têm sido observadas nas regiões consumidoras de São Paulo, o que impulsiona as cotações”.
Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa segue registrando recordes nominais consecutivos, fechando a R$ 89,07/saca de 60 kg na sexta-feira, 5, alta de 4,28% frente ao fechamento de 26 de fevereiro – vale reforçar que esse valor está bem próximo do recorde real da série do Cepea, de R$ 89,9/sc, registrado em 30 de novembro de 2007.
“Devido à dificuldade enfrentada pelos consumidores, alguns têm optado pelo grão que está mais próximo, levando-os a aceitar os patamares mais elevados”, diz.
Enquanto isso, a agência SAFRAS & Mercado relatou que o plantio da segunda safra de milho 2021 no Centro-Sul do Brasil atingiu 50,3% da área estimada de 14,125 milhões de hectares. No mesmo período do ano passado o cultivo atingia 77,7% da área de 13,27 milhões de hectares da safrinha 2020, enquanto a média de plantio para o período nos últimos cinco anos é de 83,3%.
B3
Os preços futuros do milho começaram o dia em alta, mas perderam a força na Bolsa Brasileira (B3) nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,39% e 1,04% ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 90,55 com queda de 0,39%, o maio/21 valeu R$ 94,85 com desvalorização de 1,04%, o julho/21 foi negociado por R$ 89,51 com baixa de 0,87% e o setembro/21 teve valor R$ 85,80 com perda de 0,46%.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas na primeira semana de março. Nestes 5 primeiros dias úteis do mês, o Brasil exportou 185.249,8 toneladas de milho não moído.
Este volume já representa 22,51% do total contabilizado durante o último mês de fevereiro (822.892,4). Até aqui, no terceiro mês do ano, o país já embarcou 39,19% de tudo o que foi registrado durante março de 2020 (472.669,7).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 37.050 toneladas, patamar 72,45% maior do que as 21.485 do mês de março de 2020. Do lado financeiro, o atual mês contabilizou média de ganhos com elevação de 111,5% ficando com US$ 8.640,00 por dia útil contra US$ 4.085,10 em março de 2020.
Mercado Externo
A Bolsa Brasileira (B3) começou a semana com a volatilidade em alta para os preços internacionais do milho futuro. Após começar o dia em alta e depois perder força, as principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,25 e 3,00 pontos ao final da segunda-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,65 com valorização de 3,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,47 com alta de 1,50 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,36 com ganho de 2,00 pontos e o setembro/21 teve valor US$ 5,00 com elevação de 1,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,53% para o março/21, de 0,37% para o maio/21, de 0,37% para o julho/21 e de 0,20% para o setembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho foram estreitamente misturados no comércio agitado, já que o dólar americano mais firme pairava sobre os mercados, teoricamente tornando os grãos americanos menos competitivos globalmente.
A publicação destaca ainda que, os traders estavam ajustando as posições antes de um relatório mensal de oferta/demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta terça-feira, ao mesmo tempo em que aguardam as grandes intenções de plantio do USDA nos EUA e os relatórios trimestrais de estoque em 31 de março.
“Analistas esperam que o USDA reduza na terça-feira suas estimativas para os estoques finais de 2020/21 de soja e milho”, pontua Julie Ingwersen da Reuters Chicago.