Realizado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) em conjunto com a Associação Paulista de Avicultura (APA), aconteceu na tarde desta segunda-feira (26), no município de Descalvado, Seminário Técnico voltado à avicultura de postura comercial. A atividade, realizada na Universidade Brasil, foi uma oportunidade para que o Serviço Veterinário Oficial (SVO) e demais entidades voltadas à sanidade animal, interagisse com o setor produtivo da região que é tida como uma das mais fortes no segmento de aves de postura.
Além da Defesa Agropecuária, estiveram representadas a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Instituto Biológico (IB) e Universidade de São Paulo (USP).
“É muito bom o Serviço Oficial estar inserido em um contexto como o de hoje, é muito importante para nós, pois só assim o setor pode ver que o Estado é parceiro, que nosso intuito é certificar as boas práticas”, comentou Paulo Blandico, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA).
“Todo o trabalho, todo o planejamento em que a APA puder auxiliar, estaremos juntos a todo o momento com o setor produtivo para mantermos a influenza longe dos plantéis comerciais”, disse Érico Pozzer, presidente da APA.
Na ocasião, Blandino abordou junto aos presentes, a importância da notificação de doenças à Defesa Agropecuária e apresentou as ações de vigilância ativa realizadas contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em todo o Estado.
Além de Paulo, palestraram durante o seminário, a Drª Helena Lage da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA/USP) que abordou sobre a origem das doenças, em especial a IAAP e a Doença de NewCastle (DNC) e sobre as formas de transmissão.
Dr. Renato Luis Luciano do Centro Avançado de Pesquisa em Sanidade Avícola do Instituto Biológico foi o responsável por transmitir informações acerca da biosseguridade em granjas e a Drª Adriana Amaral de Oliveira Bueno, representando a CATI, abordou questões relacionadas à avicultura de subsistência.
“Estamos aqui fazendo educação sanitária e o objetivo é despertar no setor, o interesse por essa ferramenta tão importante no sentido de salvaguardar a sanidade da avicultura paulista”, frisou Blandino.
“Toda a cadeia tem que estar funcionando, precisamos estar alinhados, esse é nosso desafio. Estamos aqui para manter um alerta ligado para que não haja descuidos quanto às medidas necessárias para manter a biosseguridade das granjas e manter a certificação da avicultura paulista”, acrescentou.
Instalação de estabelecimentos avícolas
A partir da publicação da Portaria CDA 27 de 20 agosto, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) suspende a instalação de estabelecimentos avícolas comerciais no litoral do Estado de São Paulo.
A medida é válida para os municípios localizados na Baixada Santista e no Vale do Ribeira sendo, Bertioga, Cananéia, Cubatão, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Além delas, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba também estão suspensas para a atividade.
A portaria se dá tendo em vista os 53 focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) detectados nas cidades mencionadas, além da necessidade de se manter o status do Brasil e de São Paulo como livres da IAAP e Doença de New Castle (DNC) no plantel comercial avícola, evitando restrições ou embargos as exportações.
Em todo o Estado, a comercialização de ovos ou aves para consumo humano deve estar cadastrada e registrada junto a CDA. A construção e ampliação de estabelecimento avícola comercial, seja de pesquisa ou ensino, também deve ser solicitada ao órgão.
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