Os preços da soja continuam subindo forte neste início de semana na Bolsa de Chicago e os futuros da oleaginosa marcam suas máximas desde 2014. Segundo analistas internacionais, o avanço se dá em função das adversidades climáticas que continuam a pressionar a safra da América do Sul.
Assim, por volta de 7h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 9,50 e 19,25 pontos, com as maiores altas sendo observadas nas posições mais próximas. O março tinha US$ 14,53 e o maio, US$ 14,41 por bushel. Já o agosto vinha sendo cotado a US$ 13,80.
Uma das maiores preocupações do mercado se dá com o tempo seco na Argentina, que castiga regiões chave na produção da oleaginosa. De acordo com informações do Commodity Weather Group, o déficit hídrico no país poderá levar a uma “severa perda de produtividade” de aproximadamente 30% do cinturão da soja nos próximos 10 dias.
O clima no Brasil também continua a ser acompanhado. A colheita segue muito atrasada, as lavouras de soja perdendo qualidade no campo e, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), uma trégua das chuvas no centro norte do país só daqui uma semana.
Ao lado de tudo isso, os traders ainda se preparam para o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega nesta terça-feira, 9 de março. As expectativas sinalizam novas correções nos estoques finais americanos de soja.
Atenção também ao financeiro, ao andamento do petróleo e do dólar frente ao real e demais moedas.