Com a oferta limitada e em foco no mercado global, os preços da soja sobem pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira (24) na Bolsa de Chicago. Perto de 8h15 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 6,75 e 10,50 pontos, com o março sendo cotado a US$ 14,15 e o agosto, US$ 13,61 por bushel.
O atraso da colheita no Brasil se soma aos estoques já muito apertados dos Estados Unidos, aliados a preocupação com a conclusão da safra na Argentina e tudo isso frente a uma demanda ainda intensa pela oleaginosa, reforçando o tom positiva que continua permeando o mercado mundial.
E analistas e consultores explicam ainda que não só os fundamentos da soja dão suporte aos preços neste momento, mas as altas das demais commodities também, como milho, trigo e o pettóleo.
“Se os preços do petróleo continuarem subindo é favorável para o complexo de grãos”, diz à Reuters Internacional o agroeconomista Phin Ziebell. Assim, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registram seus melhores patamares em cinco semanas.
E enquanto os preços sobem em Chicago, apesar dos prêmios baixos e, em alguns casos, até negativos no Brasil, os preços da soja nos portos do Brasil mantêm-se em níveis ainda bastante altos, acompanhando não só a CBOT, mas o dólar também valorizado frente ao real.
O mesmo se dá no interior do país, onde somente nesta terça-feira (23), foram registradas altas superiores a 1%.