Nesta quinta-feira (6), o mercado da soja segue operando com novos avanços na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 14 e 23,25 pontos, com o julho sendo cotado a US$ 15,65 e o novembro, US$ 13,96 por bushel.
Os fundamentos seguem positivos e dando espaço às altas que vem sendo registradas nos últimos dias. Há os baixos estoques norte-americanos – e a possibilidade de serem revisados para baixo no próximo relatório do USDA na semana que vem – a pouca oferta global da oleaginosa – e mais o clima que preocupa nos EUA para a germinação das lavouras neste momento.
“Entramos em uma bolha especulativa/emocional. Os altistas ainda dominam o mercado e, apesar de ser cedo ainda na temporada americana, o objetivo continua sendo de fazer novas máximas hístoricas”, acredita Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp.
Por outro lado, ainda como explica o executivo, há também um “mercado que começa a ficar superlotado com aqueles que subiram tarde neste bonde altista”, referindo-se ao intenso e elevado posicionamento dos fundos investidores nas commodities.
“É um momento de grande risco neste curto prazo, com volatilidade elevada possível para qualquer lado. Do lado fundamental, no momento vale o ditado que a melhor cura para preços altos e preços mais altos’, porque a demanda para soja americana precisa continuar sendo racionada nos EUA, e não estamos ouvindo notícias de cancelamentos ou e vendas quase zeradas”, completa.
Ainda nesta quinta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informa seu novo boletim semanal de vendas para exportação, o que também pode ajudar a direcionar as cotações em Chicago, mesmo que pontualmente.