Ontem, quarta-feira (17), o mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou em queda, mas amenizou as baixas no final da sessão. As posições mais negociadas terminaram o dia com perdas de 5,50 a 9,50 pontos, levando o maio a US$ 14,17, o julho a US$ 14,06 e o setembro a US$ 12,82 por bushel.
O dia foi marcado pela influência do mercado financeiro – que vinha esperando pelas informações trazidas pelo Federal Reserve -, recuando e refletindo uma maior aversão ao risco. O FED chegou, trouxe crescimento maior previsto para os EUA e manteve a taxa de juros inalterada e acabou diminuindo o ímpeto de avanço do dólar.
No Brasil, inclusive, a moeda americana passou a recuar depois de operar em alta por boa parte do dia, chegando a registrar um ganho de mais de 1% e superar os R$ 5,60.
“Mas seguimos em um momento de calmaria”, diz Vlamir Brandalizze, consultor de mercado (em Chicago) da Brandalizze Consulting. “Nem mesmo a nova venda de milho para a China hoje ajudou a puxar o mercado”.
FUNDAMENTOS
Segundo explicam analistas e consultores, o mercado segue calmo, caminhando de lado nesta semana e refletindo fundamentos já conhecidos, entre eles o clima na América do Sul. As condições são melhores na Argentina e no Brasil, o que ajuda a exercer certa pressão sobre as cotações.
O cenário climático para os Estados Unidos também chama a atenção, já que o plantio da safra 2021/22 está prestes a começar e a nova safra já começa bastante pressionada diante dos baixos estoques norte-americanos tanto de soja, quanto de milho.
No mercado asiático, como explicam os analistas da Agrinvest, os futuros do farelo sobem pelo segundo dia, “interrompendo uma sequência de oito pregões em queda”.