Os preços da soja abrem a semana em campo negativo na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 6,25 e 9 pontos nos principais contratos, levando o maio a US$ 13,94 e o setembro a US$ 12,83 por bushel.
O mercado segue acompanhando o clima nos Estados Unidos neste começo do plantio da safra 2021/22 e espera pelo novo reporte de acompanhamento de safras que chega nesta segunda, no final da tarde, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
No paralelo, os traders permanecem focados em entender quais serão os próximos movimentos do produtor americano, o comportamento da demanda da China e o ritmo dos embarques do Brasil, bem como a conclusão da safra aqui na América do Sul.
A segunda-feira não tem uma direção comum para as commodities, com baixas sendo registradas não só pela soja, mas também pelo trigo na CBOT, enquanto o milho testa leves altas. No petróleo, alta de mais de 1% na Bolsa de Nova York, com o barril do WTI sendo cotado a US$ 60,02.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, a semana começa com a pressão da redução da mistura do óleo de soja no biodiesel de 13% para 10%, já que a mudança – anunciada na última sexta-feira (9) pelos ministérios da Agricultura e de Minas e Energia – deve impactar diretamente na demanda interna pela oleaginosa.
“A indústria nacional pode recuar em compras e isso pode ser negativo até para os prêmios que poderão ser pressionados para baixo. O grande vilão da historia é o dólar, que segue forte e assim o custo do diesel no mercado internacional forte deixa o produto forte internamente”, afirma Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
A mistura do biodiesel, que deixará de ter apenas 3% é bastante para a indústria porque representa quase 1,8 bilhão de litros. “Desta forma, o mercado vai olhar para este fator novo e de demanda menor e pode até mesmo trazer pressão negativa em Chicago”, complementa Brandalizze.