O movimento de queda continua entre os preços da soja praticados na Bolsa de Chicago. Nesta quinta-feira (18), por volta de 6h35 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 6 e 7 pontos nas posições mais negociadas, com o maio em US$ 14,11 e o julho já sendo cotado a US$ 13,99 por bushel.
Além da soja, recuam também os futuros do milho e do trigo, além do algodão e do petróleo na Bolsa de Nova York, com o barril do WTI sendo cotado a US$ US$ 64,19.
Segundo explicam analistas e consultores, o mercado tem sido pressionado por parte de seus fundamentos, como as chuvas melhores que continuam chegando à Argentina, bem como uma demanda mais fraca por parte da China neste momento.
“As chuvas na Argentina estão amenizando as preocupações com os estoques (de farelo e óleo de soja). Ao menos no médio prazo, não há grandes riscos de preços muito mais altos do óleo”, diz Phin Ziebell, agroeconomista à Reuters Internacional.
No paralelo, a demanda mais fraca por parte da China neste momento também pesa sobre a CBOT. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, explica que o plantel de suínos na nação asiática está recuando depois de uma baixa de 10% a 30% no volume de matrizes.
Mais do que isso, além da Peste Suína Africana há outras doenças como o Porcina Vírus e a doença da orelha azul pressionando o rebanho chinês. Isso tudo, mais os preços altos do leitão e as quedas do farelo e da carne no país acabam forçando e intensificando o que ele chama de “tripé da zoonose”.
Assim, nesta quinta-feira o mercado espera pelas novas informações que chegam no boletim semanal de vendas para exportação pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O programa já está bastante adiantado e traz severa pressão sobre os estoques dos EUA.