Os preços da soja caem na manhã desta terça-feira (9) na Bolsa de Chicago. As cotações perdiam, por volta de 7h10 (horário de Brasília), de 2 a 3,75 pontos, levando o julho a US$ 14,31 e o agosto a US$ 13,63 por bushel. Os futuros do milho e do trigo também recuam, bem como os de farelo e óleo de soja.
Os grãos caem de olho, em partes, no bom avanço do plantio americano. Os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportados no final da tarde de ontem voltaram a trazer índices de semeadura acima das expectativas do mercado, do mesmo período do ano passado e da média dos últimos cinco anos.
A semeadura da soja chegou a 35% da área, contra 34% da projeção do mercado e frente aos 19% da semana passada. No ano passado, neste mesmo período, o plantio estava concluído em 11% apenas e a média é de 21%. São 9% dos campos que já emergiram, contra 3% de 2022 e 4% de média.
Além disso, o mercado ainda continua sentindo a pressão de uma grande oferta de soja disponível no Brasil – o que o mantém muito competitivo, pelo menos, até setembro – e monitora a demanda ‘da mão para a boca’ por parte da China, sem grandes novidades nestes dois horizontes.
Ao mesmo tempo, vai se ajustando para a chegada a do novo relatório mensal de oferta e demanda do USDA – nesta sexta-feira, 12 – que chega com as primeiras projeções da safra 2023/24 e faz com que o boletim seja muito esperado.
O financeiro também permanece no radar dos traders, com a crise dos bancos nos EUA ainda acontecendo, a recuperação da China pós-pandemia acontecendo de forma mais contida do que o esperado e as fragilidades da economia mundial ainda em evidência.