Nesta quarta-feira (9), o mercado da soja opera em campo negativo na Bolsa de Chicago depois de boas altas registradas nos últimos dias. Perto de 7h30 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa cediam entre 14 e 16,25 pontos nas posições mais negociadas, levando o julho a US$ 15,64 e o novembro a US$ 14,38 por bushel.
O mercado parece realizar lucros depois dos ganhos de quase 20 pontos da sessão anterior e mantém a volatilidade dos negócios em pleno weather market para a safra americana. As condições de clima no Corn Belt preocupam para algumas partes mais a oeste e norte e vinham dando espaço para a retomada dos futuros da commodity nos últimos dias.
Como explicou o phD em agronomia, o Dr. Michael Cordonnier, na última semana 12 estados indicaram que o o solo ficou mais seco, enquanto em apenas seis ficou mais úmido. Como não surpreende, os mais secos são Dakota do Norte, Dakota do Sul, Iowa, Michigan e Minnesota. Entre os mais úmidos estão Louisiana, Arkansas, Tennessee, Kansas e o Missouri.
“Esta é a segunda semana que classifico a umidade do solo e a camada superficial do solo seca na semana passada. A temporada de cultivo de 2021 nos EUA está começando com umidade do solo abaixo da média. A previsão de longo prazo indica condições mais quentes e mais secas, de modo que a umidade do solo deve começar a diminuir nas próximas semanas”, alerta Cordonnier.
No entanto, o mercado acompanha as atualizações dos mapas climáticos para os EUA que ocorrem mais de uma vez por dia e quando as chuvas aparecem para estados como as Dakotas e Minnesota, por exemplo, o espaço para a correçã dos preços fica ligeiramente maior, como explicam analistas e consultores.
No mapa do NOAA, o serviço ofical de clima dos EUA, para os dias 9 a 14 de junho, é possível ver alguns volumes sendo esperados para a faixa noroeste do país, porém, com a concentração maior das precipitações ainda no sudeste norte-americano.