A semana começa em positiva para os preços da soja na Bolsa de Chicago, com o contrato julho/21 de volta aos US$ 16,00 por bushel. Perto de 7h35 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 20 e 29 pontos, e o vencimento novembro já valendo US$ 14,64 por bushel. E os ganhos expressivos se dão por conta das questões climáticas no Corn Belt.
“O percentual de chuvas dos últimos 30 dias para as planícies do norte e norte do corredor, incluindo boa parte do estado de Iowa, está muito abaixo da média normal e isto até agora não fez muita diferença, pois a safra não se perde durante o mês de maio, mas daqui para frente as coisas mudam e as projeções climáticas não são muito animadoras para o resto do mês de junho, com chuvas abaixo do normal e temperaturas bem acima da média”, explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa.
As adversidades ganham ainda mais espaço no radar dos traders diante dos baixos estoques, já que os estoques norte-americanos são bastante apertados e a nova safra dos EUA não admite espaço para perdas.
“As projeções futuras mostram um mês de julho menos seco do que junho, mas com chuvas abaixo da média e altas temperaturas, porém um agosto mais seco e altíssimas temperaturas”, explica Sousa.
Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu boletim semanal de acompanhamento de safras atualizando o índice de área plantada – com o milho já devendo estar concluído – e mais as condições das lavouras. O reporte, todavia, chega às 17h (Brasília), após o fechamento de mercado, e até lá a especulação pode se intensificar.