Às 12:27, o dólar recuava 0,16%, a 5,2195 reais na venda. Na máxima do dia, alcançada pouco depois das 11h30, o dólar foi a 5,2400 reais na venda, alta de 0,24%.
A moeda havia passado boa parte da manhã em queda, chegando a tocar 5,1686 reais (-1,13%) na mínima do dia, pouco depois da abertura dos mercados.
Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, a devolução das perdas do dólar pode refletir dúvidas do mercado sobre a durabilidade de discurso mais comedido do presidente Jair Bolsonaro.
Na quinta-feira, o chefe do Executivo disse em nota que nunca teve intenção de agredir quaisquer dos Poderes, amenizando o tom depois de atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso durante manifestações do feriado de 7 de Setembro.
“O mercado pode estar procurando adotar postura de cautela caso Bolsonaro volte a adotar retórica mais dura”, explicou Rostagno. “Hoje também é sexta-feira, e o mercado busca não ficar muito posicionado antes do fim de semana.”
Mauro Morelli, estrategista-chefe da Davos Investimentos, disse que, mesmo após alívio no tom de Bolsonaro na véspera, a “volatilidade veio para ficar”, com expectativa de que o dólar experimente oscilações fortes à medida que as eleições de 2022 se aproximam, ainda que o forte ciclo de elevação de juros pelo Banco Central tenda a oferecer suporte ao real.
Enquanto isso, no exterior, dados desta sexta-feira mostraram que os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram com força em agosto, indicando que a inflação elevada deve continuar por um tempo.
O índice do dólar reduziu suas perdas na esteira dos dados e caía a uma tímida taxa de 0,04% por volta das 12h15.
A moeda norte-americana caminhava para encerrar a semana em alta de cerca de 0,7% contra o real, depois de fechar a última sexta-feira em 5,1839 reais.