Depois de renovar suas máximas em oito anos na sessão anterior, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem seu movimento de realização de lucros nesta quarta-feira (28). Os preços perdiam entre 20,75 e 24 pontos nas posições mais negociadas, com o julho valendo US$ 14,96 e o setembro, US$ 13,60 por bushel, perto de 7h40 (horário de Brasília).
O movimento de correção e de ajuste de posições já foi iniciado ontem, em uma sessão de forte volatilidade, onde o contrato maio chegou a bater nos US$ 16,00. Ainda assim, analistas e consultores afirmam que os fundamentos permanecem positivos, mas a volatilidade também deve seguir intensa,m principalmente neste momento de mercado climático.
A partir de maio, as condições de clima dão sinais de melhora para os trabalhos de campo nas principais regiões produtoras norte-americanas, com as temperaturas subindo e as chuvas se mostrando melhor distribuídas. Os mapas abaixo trazem as previsões para 3 de 7 de maio.
“E há um entendimento do mercado de que há bastante tempo para o desenvolvimento da safra nos Estados Unidos”, explica Ole Houe, consultor de mercadso da IKON Commodities à Reuters Internacional.
Além dos EUA, o mercado também acompanha o clima adverso para a safrinha de milho no Brasil e em mais países do Hemisfério Norte, que tem prejudicado mais severamente campos de trigo.
Ao lado do clima, os traders observam ainda a força do mercado físico norte-americano, com preços e prêmios também bastante fortes, o que é mais uma confirmação da escassez de soja americana, fator determinante na sustentação das cotações.
No Brasil, o mercado também permanece atento ao câmbio e aos prêmios, que seguem pressionados e ajudando na competitividade do produto nacional frente à demanda dos importadores para as ofertas da safra 2020/21.