Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago iniciam a semana operando em alta, recuperando parte das baixas fortes da sessão anterior. Perto de 7h20 (horário de Brasília), as cotações subiam de 7 a 11,75 pontos – com os ganhos mais expressivos nos contratos mais longos – levando o julho a US$ 15,01 e o novembro a US$ 13,20 por bushel.
O foco do mercado permanece sendo o clima nos Estados Unidos, o que mantém a volatilidade muito acentuada e presente nos negócios e no caminhar dos preços. Assim, para o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, o início da semana deve ser bastante complexo.
“Para a chamada em alta, podemos justificar o clima, que de certa forma foi mais seco durante o final de semana, principalmente no Sul do Corn Belt e no Leste, já que teve chuvas em Iowa, parte de Nebraska, Minnesota, Dakotas, e Norte de Illinois, com o restante do Corredor seco, o que faz com que alguns apostem em um declínio de 3% nas condições de safras boas/excelente, que serão divulgadas na tarde de hoje”, explica o executivo.
E as previsões climáticas para os próximos 10 dias apontam chuvas abaixo do normal. Com os plantios de soja e milho já concluídos, níveis adequados de umidade são essenciais para garantir um desenvolvimento satisfatório das lavouras, algo que ainda não se deu nesta temporada.
Para além do clima, podem também dar suporte aos preços dos grãos o “fracasso na tentativa de golpe do Grupo Wagner contra o presidente Putin”.
Sousa complementa dizendo ainda que “para quem chama o mercado em baixa e misto na abertura, também não existe muita coisa, além da parte técnica, onde as médias de 200 dias foram rompidas, e isso pode sugerir mais vendas (de posições por parte dos fundos)”.