A variante H5N1 da gripe aviária tem maior risco de contaminar mamíferos e, consequentemente, se espalhar para humanos e outros animais, disse a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) em comunicado divulgado nesta terça-feira (13). “Um número crescente de casos de gripe aviária H5N1 foi relatado em vários mamíferos terrestres e aquáticos, causando morbidade e mortalidade. Isso desperta uma preocupação crescente sobre a ameaça à saúde de animais domésticos e selvagens, à biodiversidade e, potencialmente, à saúde pública”, afirmou a organização. “A situação atual destaca o risco de que a gripe aviária H5N1 possa se adaptar melhor aos mamíferos e se espalhar para humanos e outros animais.”
Segundo OIE, alguns mamíferos, como é o caso do vison, podem combinar diferentes vírus influenza levando ao surgimento de novas cepas e subtipos que podem ser mais prejudiciais para animais e humanos. “Casos relatados recentemente em visons de criação são uma preocupação porque infecções de um grande número de mamíferos mantidos próximos uns dos outros exacerbam esse risco”, afirmou a nota. A OIE disse ainda que há estudos em andamento para entender o grau de transmissibilidade desse tipo de vírus.
Entre as possíveis medidas de biossegurança para evitar a gripe aviária, a OIE destacou a vigilância para possíveis infecções em animais, medidas de prevenção em fazendas, controle dos movimentos de animais suscetíveis ao vírus e seus produtos, evitar contato humano com aves domésticas ou selvagens adoecidas, além do monitoramento e investigação de mortalidade incomum em animais selvagens.
A organização também pediu que sejam notificados casos suspeitos. “A comunicação oportuna e transparente é fundamental para manter um bom conhecimento da situação da doença e evitar qualquer tipo de desinformação”, concluiu a OIE.