De acordo com Raquel Ribeiro, analista de mercado da Spark, “o produtor tem apostado em híbridos modernos para controle de lagartas. Essas tecnologias também apresentam tolerância a herbicidas e constituem hoje ferramentas estratégicas ao manejo de lavouras”.
As sementes de milho com biotecnologias de segunda geração chegaram a 30% da área plantada, o correspondente a 4,4 milhões de hectares. Por outro lado, as sementes com biotecnologia de primeira geração correspondeu a apenas 1%, apenas 93 mil hectares. Em 7% das áreas ou 973 mil hectares não houve emprego dessas tecnologias.
Ainda de acordo com a Raquel Ribeiro, a pesquisa da Spark revela que o desempenho dessas sementes “decorre da tendência de o produtor de milho priorizar os pilares genética de qualidade, biotecnologia de ponta e sementes tratadas com inseticidas e fungicidas, em busca de mais produtividade e rentabilidade”.
“Devido ao avanço acelerado das biotecnologias, o Business Intelligence Panel (BIP) constatou ter havido uma queda representativa nas aplicações de defensivos agrícolas para controle de lagartas na safrinha”, afirma ela.
Conforme compara a especialista da Spark, 57% das áreas cultivadas tiveram ao menos uma aplicação de lagarticidas no ano de 2021. Para se ter uma ideia, esse índice era de mais de 70% a dois anos atrás.
O atual estudo BIP aponta aumento de 30% nas vendas de sementes em geral. A comercialização atingiu R$ 7,9 bilhões, contra R$ 6 bilhões de 2020. A Spark apurou também que o grão ocupou 14,5 milhões de hectares nas regiões cobertas pelo estudo, uma elevação de 11% frente ao período anterior (13,1 milhões de hectares).
O BIP Spark Milho 2020-21, que abrange o milho na safrinha, resultou de mais de 3 mil entrevistas junto a agricultores das principais regiões produtoras. O estudo mostra ainda que as maiores áreas plantadas na safrinha foram constatadas nos estados brasileiros de Mato Grosso, com 41% do total, Paraná (17%), do Goiás e do Mato Grosso do Sul, os dois últimos com 15% cada.