Embora tenha registrado – na média dos nove primeiros meses de 2022, no varejo da cidade de São Paulo – evolução anual de preço da ordem de 16,5%, o ovo continuou com valor inferior, mas muito próximo, ao do frango resfriado que, no mesmo período, viu seu preço ser corrigido em 12,92%, conforme dados do Procon-SP.
De toda forma é interessante notar que no trimestre julho-setembro o ovo alcançou e manteve de forma consistente (aparentemente pela primeira vez na história) preço superior a R$10,00/dúzia, valor que já havia registrado, temporariamente, no mês de maio. Com isso, registrou no trimestre o mesmo valor médio que o frango resfriado havia alcançado no trimestre inicial de 2022.
Mas, independente disso, o que se pretende demonstrar são as margens observadas entre o varejo e o atacado, mercado que reflete muito de perto as condições do setor produtivo. E o que se constata é que, comparativamente a uma margem média de 68% no frango resfriado, a margem observada em relação ao ovo do atacado para o varejo sobe para 116,5%.
É verdade que esse índice foi exacerbado pelo baixíssimo preço registrado pelo ovo no atacado paulistano em janeiro deste ano. Mas mesmo descartado esse fator, a margem permanece acima de 112%.