O levantamento realizado pelo Ovosite tomando como base o preço do milho, principal ingrediente utilizado na ração administrada às aves, aponta que no decorrer do primeiro bimestre o produtor de ovos experimentou custo apresentando certa estabilidade, enquanto os preços de comercialização atingiram patamares mais elevados.
Esse resultado positivo alcançado pelos avicultores de postura comercial vem se mantendo por 12 meses consecutivos (março de 2022 a fevereiro de 2023), depois de absorverem preços onerosos nos 20 meses imediatamente anteriores, julho de 2020 a fevereiro de 2022.
No primeiro bimestre o custo atingiu R$111,60, significando queda de 9,4% sobre o mesmo período de 2022. O preço de venda, por sua vez, atingiu R$138,63 apresentou crescimento expressivo de 30,6% sobre o mesmo bimestre do ano passado.
O corolário é que o preço de venda superou em 24,2% o custo de produção. Bem diferente do primeiro bimestre do ano passado, quando o preço médio recebido pelos produtores ficou 13,8% abaixo do custo de produção.
Considerando a safra recorde de milho prevista para 2023, os problemas de desabastecimento de ovos e alta de preços enfrentados por países atingidos pela Influenza Aviária, o período religioso da Quaresma que maximiza o consumo de ovos no mercado doméstico, os preços devem permanecer em alto patamar o mês de março. Assim, março também deve reservar boas condições aos produtores de ovos, com o preço de comercialização muito superior ao custo de produção.