A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), confirmou, nesta quarta-feira (4/10), a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos aquáticos na praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral sul. O vírus foi identificado em leões-marinhos.
A notificação foi feita pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande e atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) em 30 de setembro. As amostras foram colhidas e enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
Trata-se do segundo foco no Rio Grande do Sul. Porém, mesmo com a nova notificação, a condição sanitária do Estado e do país não se altera e não há risco para consumo de alimentos. O primeiro foco havia sido registrado em maio, na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), e já foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas negativas. No Estado não há registro da doença na avicultura comercial.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, as equipes estão atuando desde o momento que os animais foram avistados. “Há uma grande onda de influenza sendo registrada no Uruguai e Argentina, e o Rio Grande do Sul, por estar na divisa, está sentindo os reflexos. Seguiremos os protocolos exigidos para evitar a disseminação do vírus, em parceria com os municípios, e vamos atuar na vigilância ativa na região costeira e em atividades de educação sanitária”, afirma Rosane.
Até o momento foram recolhidos dez animais, sendo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos. Evidências indicam que o consumo de material infectante, como aves contaminadas por influenza aviária, é a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos. Também não se descarta a hipótese de que a transmissão esteja acontecendo entre animais.