As deficiências e potencialidades do Aeroporto Municipal Serafim Enoss Bertaso, da cidade de Chapecó, foram pautas de reunião de dirigentes de entidades empresariais com diretores da Secretaria Nacional da Aviação (SAC) do Ministério dos Portos e Aeroportos Luiza Amorim Motta Deusdará e Márcio Mafilli, na segunda-feira (24).
A reunião, em formato híbrido, foi coordenada pelo presidente do Centro Empresarial de Chapecó Carlos Roberto Klaus e reuniu os presidentes da ACIC (Helon Rebelatto), da CDL (Edson Piana), do Sicom (Ivonei Barbiero e André Telocken), juntamente com o secretário municipal de relações institucionais Cleiton Fossá e o vereador Cleber Fossá e os diretores executivos Almeri Dedonatto e Fabio Magro.
A linha condutora da reunião foi a necessidade de planejar e viabilizar as melhorias infraestruturais do Aeroporto, um dos mais movimentados do interior do sul do Brasil, que dentro de alguns anos deve saltar dos atuais 600 mil usuários/ano para 1 milhão de passageiros/ano.
A diretora do Departamento de Investimentos da SAC Luiza Deusdará informou que o Aeroporto de Chapecó é um dos dois escolhidos pelo Governo Federal para receber a instalação do ILS (sistema de pouso por instrumento) em razão da crescente demanda que experimenta nos últimos anos. A preocupação geral – da SAC e das lideranças empresariais – é a situação do entorno do sítio aeroportuário em razão das ampliações que precisarão ser implementadas.
A SAC informou que será contratada a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para a realização dos estudos e elaboração dos projetos visando a ampla e total adequação do aeroporto para a expansão que se apresenta necessária, com o integral cumprimento das normas internacionais da moderna aviação comercial. O principal desafio é a ampliação territorial do complexo aeroportuário para as cabeceiras e para as laterais da pista, o que exigira a adequação do Plano Diretor Urbano para a região do bairro Quedas do Palmital, onde se localiza o aeródromo.
“Em face dessas projeções, é essencial que a Administração Municipal não autorize construções na área do entorno que possam comprometer a segurança das operações aéreas e dificultar a ampliação territorial desejada”, enfatizou o presidente do CEC, Carlos Roberto Klaus. O secretário Cleiton Fossá garantiu que o Aeroporto é uma das prioridades do Governo Municipal.
Para a elaboração dos projetos, que estarão concluídos em dois anos, a SAC investirá R$ 3 milhões, recursos oriundos do Fundo Nacional da Aviação Civil. Dessa forma, é possível prever que as obras físicas poderão ser iniciadas em três anos, logo após a conclusão dos projetos e dos processos licitatórios.
Os empresários enfatizaram que o Aeroporto – em razão da distância das capitais e da proximidade com a fronteira internacional com Argentina – é de fundamental importância para a economia sulbrasileira e para a integração regional desta vasta região polarizada em Chapecó, formada pelo grande oeste barriga-verde, sudoeste paranaense e noroeste gaúcho.
Atualmente, o Aeroporto recebe voos regulares das empresas aéreas AZUL, GOL e LATAM. Em razão da falta de equipamentos de proteção ao voo a taxa de cancelamento é particularmente elevada no inverno, causando pesados prejuízos à economia local e regional. O município é sede de dezenas de eventos culturais e científicos e de feiras técnicas e econômicas de amplitude internacional, para o sucesso dos quais é de extrema importância o transporte aéreo.














































