A projeção, calculada com dados de outubro, aponta crescimento de 13,8% em relação a 2024, puxado pelo bom desempenho do café.
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira mantém a perspectiva de fechar 2025 com o valor recorde R$ 168,1 bilhões, um crescimento de 13,8% em relação ao ano anterior. O indicador, atualizado mensalmente, é uma estimativa da geração de renda que os estabelecimentos rurais obtiveram com a venda de seus produtos agrícolas e pecuários. O cálculo é feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).
Lavouras
Tradicionalmente, o bom desempenho do setor agropecuário é puxado pelo segmento das lavouras, que deve alcançar R$ 113,4 bilhões, com aumento de 17,3% no ano. Sozinho, esse setor representa 67% do faturamento do setor agropecuário mineiro. “Como tem sido observado nos últimos levantamentos, o café se mantém como o destaque entre as culturas que contribuem para essa alta no rendimento, com alta de 48% e o VBP estimado em R$ 59 bilhões”, detalha a assessora técnica da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Amanda Bianchi.
O VBP da soja, que ocupa o segundo lugar no segmento agrícola, deve alcançar R$ 18,6 bilhões, com crescimento de 11% em relação ao ano passado. O milho foi outro produto do segmento das lavouras que registrou alta de 19%, alcançando R$ 7,8 bilhões.
Já o VBP da cana-de-açúcar tem estimativa de fechar o ano com queda de 4%, assim como a banana (-19%), batata-inglesa (-55%), feijão (-29%), laranja (-6%), mandioca (-26%) e arroz (-30%).
Pecuária
O VBP do segmento pecuário deve alcançar R$ 54,7 bilhões, com aumento de 7,3%. Todos os produtos do segmento devem apresentar crescimento em 2025, com a liderança ocupada pelo leite, que tem faturamento estimado em R$ 18,3 bilhões e crescimento de 2%.
Em segundo lugar, vem a carne bovina, que deve alcançar R$ 18 bilhões (+13%). O VBP do frango deve registrar R$ 8,2 bilhões (+3%). Segundo a assessora técnica Amanda Bianchi, a tendência é de manutenção dos preços para os produtos avícolas até o final do ano, devido à retomada das exportações e ao aumento da demanda doméstica, impulsionada pelo maior valor pago por aves natalinas no período festivo. Já o VBP da carne suína está estimado em R$ 7,4 bilhões, com alta de 7%.
