ABPA debate medidas de prevenção local após novos surtos de gripe aviária na Europa e Ásia

Entre as orientações está a de proibir a entrada de pessoas estranhas e animais silvestres nas granjas

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) promoveu nesta semana uma reunião do Grupo Especial de Prevenção de Influenza Aviária, que funciona desde 2015 com objetivo de incrementar medidas de prevenção da doença na avicultura brasileira. Na ocasião, foi atualizado um plano de ação que orienta produtores a proibir a entrada de pessoas estranhas e animais silvestres nas granjas, dentre outras medidas.

A ação ocorreu após a cadeia produtiva perceber que diversos países europeus e asiáticos voltaram a registrar surtos de gripe aviária em aves migratórias e criações locais nos últimos meses. De outubro de 2020 a janeiro deste ano, o número de animais abatidos subiu de 59.340 para 7.383.756 na região, segundo a Organização Mundial da Saúde Animal. No mesmo período, o número de países afetados aumentou de três para 25. “O risco de transmissão em granjas e de mais casos entre aves selvagens é maior do que nos últimos dois anos por causa da aparição maciça de vários vírus da gripe aviária”, constatou uma porta-voz do Instituto Friedrich-Loeffler, agência federal de pesquisas de doenças animais da Alemanha, à Agência Reuters.

Outros problemas relacionados a esse aumento são a suspeita de que aves selvagens estejam espalhando a doença, o que dificulta o controle, e a atual predominância da cepa H5N8, responsável pelo maior surto que a Europa já teve, entre 2016 e 2017. O presidente da ABPA, Ricardo Santin, também explicou que este é um período do ano em que as aves migratórias fazem rotas pela Ásia e param nas lavouras de arroz, espalhando a doença no entorno.

Em janeiro, a Suécia e a Alemanha anunciaram o abate de 1,3 milhão de frangos e 20 mil perus, respectivamente. A França já abateu mais de 2 milhões de aves desde dezembro. “Já está difícil exportar com a Covid, isso pioraria ainda mais”, preocupa-se Dennis Lambert, presidente-executivo da LDC, maior grupo avícola da França, à repórteres. Na Índia, onde seis estados relataram a doença, o preço do frango de corte recuou de 90 para 60 rúpias (US$0,8192) o quilo, quase um terço em uma semana.

Ainda que o cenário seja de perdas, Santin avalia que o números de abates não é relevante do ponto de vista econômico para o Brasil. “Abatemos 25 milhões de aves por dia e em um mês 25 países abateram 7 milhões”, compara. Mas o dirigente também não descarta a possibilidade de impactos no setor produtivo brasileiro, com um possível aumento de demanda externa.

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