Após clima ruim, déficit de milho no PR será de pelo menos 4 mi de t apenas no 2º semestre de 2021

Soja 2021/22 deverá ter rentabilidade de 130%, apesar dos custos mais elevados entre 45% e 50%, o que ainda não estimula aumento da área de verão para o cereal.

A safra 2021/22 de soja do Paraná deverá ter custos de produção de 45% a 50% mais elevados, variando entre R$ 3800,00 e R$ 4000,00 por hectare para o produtor que é dono da terra. Segundo Dilvo Grolli, diretor presidente da Coopavel, esse custo diante de um preço de comercialização de R$ 140,00 e com uma produtividade média de 3800 kg/ha resultará em uma rentabilidade ao produtor do estado na casa de 130%.

“Mesmo que os custos tenham subido entre 45 e 50%, temos que ver que a soja, no período de um ano, também subiu 40%, o valor por saca”, explica. E tradicionalmente, o Paraná deverá seguir investindo mais na oleaginosa durante a safra de verão, mesmo diante de um déficit de milho que já está confirmado no estado.

“O produtor pode plantar diminuir um pouco a área de soja e ir para o milho e vice-versa, tudo dependendo do preço, mas a soja sempre terá a preferência porque ela não pode ser plantada na segunda safra”, complementa Grolli, que diz ainda que as compras de insumos já estão bastante adiantadas no estado – cerca de 80% – garantindo melhores janelas de compras e quando os preços estavam mais baixos.

E também como tradicionalmente acontece, as vendas futuras são mais tímidas se comparadas as dos estados do Centro-Oeste. O Paraná tem a maior parte de pequenos e médios produtores, os quais não têm o hábito de fazerem grandes volumes de vendas antecipadas. “Eles compraram os insumos e agora estão aguardando o melhor momento para a fixação”.

FALTA DE MILHO NO PARANÁ

Com as perdas na safrinha de milho já alcançando os 60%, em função da seca durante o plantio e o desenvolvimento e mais as geadas do começo e do final de junho, o grave déficit do grão no estado já é uma realidade e pode ficar em pelo menos quatro milhões de toneladas somente no segundo semestre de 2021.

“O Paraná, neste segundo semestre, vai precisar de 10 milhões de toneladas para atender sua demanda interna. Somos o primeiro produtor de aves do Brasil, segundo produtor de aves e terceiro de leite. E hoje essa segunda safra que seria de 13 será de 6 milhões de toneladas. Por isso que o preço subiu e teremos que trazer esse milho de algum lugar”, relata Dilvo Grolli.

Tradicionais fornecedores de milho para o estado paranaense, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e mais o Paraguai também perderam parte de sua safra para as adversidades climáticas, o que agrava ainda mais o quadro de oferta escassa. “Nos resta trazer milho ou argentino ou americano, mas isso vai custar. O milho já subiu na Bolsa de Chicago e tem mais a logística”.

Assim, o presidente da Coopavel acredita que a perspectiva dos preços do milho chega até a ser melhor ainda do que a de soja, “proporcionalmente aos valores de cada um”. Afinal, esse déficit não se limita apenas a esta segunda metade de 2021, mas se acumula para o primeiro semestre de 2022.

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