Os auditores fiscais federais agropecuários aprovaram um indicativo de greve das atividades de defesa agropecuária em assembleia geral da categoria realizada nesta terça-feira (7/5).
A decisão, aprovada por 84% dos votantes, sinaliza que os auditores poderão entrar em greve se as demandas por melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira e reajustes salariais não forem atendidas pelo governo federal.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) afirmou, em nota, que haverá uma nova tentativa de negociação com o Planalto. A categoria vai entregar, nos próximos dias, uma segunda contraproposta de reestruturação ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A primeira, enviada em março, não foi acatada.
Os servidores também decidiram intensificar o movimento de “operação padrão”, iniciado em janeiro, a partir desta quarta-feira (8/5).
“Os auditores agropecuários vão reforçar operações coordenadas pelo país com foco na vistoria de abatedouros e frigoríficos, e de madeiras utilizadas para transporte das mercadorias em portos, tanto para importação quanto para exportação, de diversas cadeias produtivas”, disse o Anffa Sindical.
De acordo com a entidade, as ações são previstas em normas do Ministério da Agricultura e têm o objetivo de garantir a segurança alimentar nas indústrias e a preservação da agropecuária nacional. “Vale ressaltar que os auditores têm deixado de cumprir horas extras não remuneradas, mas continuam respeitando os prazos previstos em normas vigentes para a liberação de certificados e mercadorias”, completou o Anffa.
No Rio Grande do Sul, a mobilização foi suspensa em razão da calamidade pública provocada pelas enchentes. No Estado, os auditores têm atuado em regime de força-tarefa para garantir, principalmente, o abastecimento de alimentos na região.