Nos sete dias transcorridos entre a segunda-feira passada (16 de outubro) e ontem (domingo, 22), o Serviço Veterinário Oficial registrou cinco novos casos de IAAP, um deles envolvendo novamente mamífero aquático e os demais aves silvestres marinhas.
Com essas confirmações, o total de casos em pouco mais de cinco meses subiu para 132, sendo 125 em aves silvestres, quatro em mamíferos aquáticos e três em criações de subsistência – estes últimos já encerrados.
O quarto caso de mamífero aquático afetado pelo vírus da IAAP – e que voltou a envolver um leão marinho da Patagônia – só teve uma diferença em relação aos casos anteriores do gênero: a localização. Pois as três confirmações anteriores ocorreram em praias gaúchas. Esta última, teve como local as praias do município catarinense de Garopaba, no sul do Estado.
Porém, em se tratando de ave silvestre marinha, o que mais chamou a atenção na semana foi a confirmação de um caso de IAAP na cidade fluminense de Petrópolis. Porque, em essência, não se trata de região praiana e o município está a grande altitude.
Também não é caso único. Em julho deste ano, o Serviço Veterinário Oficial confirmou a ocorrência de foco similar na cidade de São Paulo – como em Petrópolis, um Trinta Réis Real recolhido em um condomínio do bairro de Pirituba, segundo a Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.
A Prefeitura de Petrópolis, onde o caso mais recente foi detectado, demonstrou estranheza com a ocorrência, observando que “a procedência do animal está sob investigação, pois a espécie não é comum no município, sendo mais frequente na Região dos Lagos” (na verdade, ao longo de toda a costa brasileira, do Sul ao Norte do País).
Mas esta segunda ocorrência do gênero serve para confirmar que, eventualmente, as aves silvestres marinhas podem se desviar do litoral e interiorizar-se. Pior se estiverem infectadas pelo vírus da IAAP.
Ou seja: é preciso reforçar ainda mais a guarda.