Segundo o secretário-geral da Câmara Árabe Brasileira, Tamer Mansour, a instituição aguarda por um posicionamento oficial por parte da autoridade sanitária da Arábia Saudita, a Saudi Food and Drug Authority (SFDA), explicando a razão da suspensão de 11 frigoríficos brasileiros que eram habilitados a exportar canre de frango para o país árabe. “O país entra em mais um feriado prolongado pela religião muçulmada, e esperamos que até o dia 16 de maio este comunicado chegue até nós, mas por ser uma questão urgente, pode ser que a informação chegue entre a próxima segunda ou terça-feira (10 ou 11 de maio”, afirmou Mansour.
O embargo das plantas frigoríficas foi informado ontem pela SFDA por meio de uma lista atualizada das empresas brasileiras autorizadas a exportar a proteína para a Arábia Saudita e pontuando 11 das 22 na lista como suspensas. O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil informaram por meio de nota conjunta que foram pegos de surpresa pela decisão, tomada de forma unilateral.
De acrodo com Mansour, apesar de não haver uma motivação informada oficialmente pelo governo saudita, há a possibilidade de que a medida tenha sido tomada após pressão do setor de avicultura local para que o consumo dos produtos feitos no país aumente.
“A Arábia Saudita já vem há alguns anos se planejando para aumentar a produção avícola local, com intenção de se tornar, no mínimo, 60% autossuficiente para abastecer a população local”, disse Mansour.
No primeiro quadrimestre deste ano, o país árabe foi o segundo que mais importou carne de frango do Brasil, representando 14% do share e ampliando em 18,3% as aquisições no comparativo com o mesmo período de 2020. Para Mansour, o aumento nas compras neste período pode ser observado como uma formação de estoque estratégico.